BIOMAS BRASILEIROS
Bioma se caracteriza por ser uma grande comunidade, ou conjunto de comunidades, distribuída numa grande área geográfica.
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Bioma da Caatinga
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No Brasil, há uma grande variedade de formações vegetais, especialmente por causa de sua grande extensão. Muitos estudiosos calculam que cerca de 10% de todas as espécies vegetais do planeta concentrem-se em nosso território.
Bioma se caracteriza por ser uma grande comunidade, ou conjunto de comunidades, distribuída numa grande área geográfica, caracterizada por um tipo de vegetação dominante.
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Floresta Amazônica
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BIOMA AMAZÔNICO
Também conhecida como Hiléia, essa imensa floresta latifoliada equatorial ocupa uma área total na América do Sul da ordem de 6,5 milhões de km², estendendo-se também por terras da Guiana Francesa, Suriname, Guiana, Venezuela, olômbia, Equador, Peru e Bolívia. Desse total, 4,9 milhões estão em território brasileiro, correspondendo a aproximadamente 60% das terras brasileiras. Dessa forma, a Floresta Amazônica ocupa a quase totalidade da região Norte, a porção setentrional do Mato Grosso e a porção ocidental do Maranhão.
Na Floresta Amazônica, extremamente heterogênea e densa, predomina o clima equatorial úmido. Somadas - densidade e heterogeneidade das espécies vegetais e clima -, essas características tornam muito difícil a circulação de pessoas no seu interior. Calcula-se que essa floresta concentre mais de um terço de todas as espécies vegetais e animais de nosso planeta, com mais de 2.500 espécies de árvores. Como a topografia da Amazônia apresenta-se em três níveis, a floresta também se divide em três estratos, que são:
Mata de igapó: corresponde ê porção da floresta que se assenta sobre o nível inferior da topografia - denominada verdadeira planície, ou planície de inundação -, onde solo está permanentemente inundado. É o trecho mais intrincado da mata, com árvores baixas e um grande número de lianas e cipós, entre outros, que lhe dão um aspecto de impenetrabilidade.
BIOMA DA MATA ATLÂNTICA
No Brasil, grande parte das florestas tropicais consistiam a Mata Atlântica, assim batizada durante o século XVI, quando da chegada dos portugueses à América. Por caracterizar-se como uma floresta tropical, a Mata Atlântica assemelha-se bastante à Floresta Amazônica: é exuberante, heterogênea, intrincada, latifoliada e perenifólia. Originalmente era encontrada ao longo do litoral, desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul, porém foi intensamente devastada. Característica de uma região cujas temperaturas são elevadas e o teor de umidade, alto, o que resta dessa floresta é, hoje, protegido por uma legislação específica com fins de conservação. Assim, temos em sua área diversas Unidades de Conservação nas quais medidas restritivas procuram evitar maior desmatamento e preservar a fauna e a flora.
Nas porções interiores do sudeste brasileiro, a floresta tropical aparecia em quase todas as terras drenadas pelos rios da Bacia do Paraná, o que lhe confere uma outra denominação: Mata da Bacia do Paraná. Nos litorais das regiões Sudeste e Sul, a Serra do Mar dificultou a ocupação humana e a exploração florestal. Conseqüentemente, houve uma certa preservação da mata nessas regiões. Entretanto, mesmo nessa área a floresta está sendo devastada pela ação dos madeireiros e pela abertura de estradas, entre outros fatores.
Por localizar-se em regiões de maiores altitudes, a Mata Atlântica corresponde aos climas tropical úmido, tropical de altitude e subtropical úmido. A maior amplitude térmica desses climas favorece a presença de uma biodiversidade maior do que a de sua irmã do norte. Na verdade, a Mata Atlântica é o bioma com a maior biodiversidade do país.
BIOMA DAS ARAUCÁRIAS
Essa formação, que se estendia originalmente do sul de São Paulo ao norte do Rio Grande do Sul, constitui uma variação da floresta boreal do Hemisfério Norte. Portanto, é uma floresta aciculifoliada subtropical adaptada ao clima subtropical úmido predominante do sul do Brasil, menos quente e úmido que o equatorial e o tropical e menos frio que os climas predominantes nas regiões das coníferas.
Trata-se de uma vegetação relativamente homogênea, que apresenta poucas variedades. Sua espécie dominante é a Araucaría angustífolía, ou pi¬nheiro-do-paraná, árvore cujo tronco atinge de 25 a 30 m de altura e que apresenta ramificações apenas no seu topo. É uma formação aberta, ou seja, pouco densa, não oferecendo grandes obstáculos à circulação no seu interior, fato que facilitou sua intensa exploração e devastação.
Em virtude da numerosa presença de pinheiros, o extrativismo vegetal predominou de tal forma que a Mata de Araucárias tornou-se a principal fonte produtora de madeira do país.
O produto principal é o pinho, que, embora não seja uma madeira-de-lei, tem inúmeras aplicações econômicas, seja na indústria de móveis e na construção civil, seja na indústria de papel e celulose.
BIOMA DOS COCAIS
Transição entre a vegetação que se desenvolve na maior parte do Nordeste e a Mata Amazônica, essa é uma formação vegetal típica do Meio-Norte nordestino. Exposta aos climas dessas duas localidades – equatorial úmido a oeste e semi-árido a leste –, essa vegetação reflete a redução da umidade no sentido oeste-leste.
Nas regiões menos úmidas, leste do Piauí e litoral do Ceará e do Rio Grande do Norte, encontramos a carnaúba, palmácea que atinge até 20 m de altura. A carnaúba é conhecida na região como "a árvore da providência" porque dela tudo se utiliza. As raízes são usadas para infusões medicinais, o tronco para fazer paredes em casas, as folhas recobrem o teto, o fruto é consumido como alimento, e as sementes, torradas e moídas, substituem o café. Mas é a folha da carnaúba, com base na qual se produz cera, que tem o maior aproveitamento econômico.
BIOMA DO CERRADO
Essa formação, que também pode ser denominada "savana-do-Brasil", ocupava originariamente cerca de 25% do território brasileiro, ou seja, um pouco mais de 2 milhões de km2. Por isso, é considerada a segunda maior formação vegetal do país; entretanto, a devastação causada pela ocupação humana vem reduzindo gradativamente essa participação.
Típico de áreas de clima tropical com duas estações bem marcadas - verão chuvoso e inverno seco -, o cerrado se distribui por terras de dez estados brasileiros no interior do chamado Brasil Central, incluindo a maior parte da região Centro-Oeste, o sul do Pará e do Maranhão, o interior de Tocantins, o oeste da Bahia e de Minas Gerais e o norte de São Paulo. Toda essa área faz parte de três importantes bacias hidrográficas brasileiras: a do Araguaia-Tocantins, a do São Francisco e a do Paraná.
Caracterizado pelo predomínio de pequenas árvores e arbustos bastante retorcidos, com casca grossa, geralmente caducifólias e com raízes profundas, no cerrado também encontramos gramíneas e mesmo florestas, denominadas cerradão, cujas árvores podem superar os 15m de altura. Segundo especialistas, nessa formação a biodiversidade é comparável à da Floresta Amazônica: sabe-se que em seu interior coexistem mais de 400 espécies diferentes de árvores e arbustos esparsos.
A origem dos cerrados é ainda uma incógnita. Para alguns, é produto do clima, cuja estiagem estende-se por um período de 5 a 7 meses do ano. Para outros, sua origem está relacionada ao solo, extremamente ácido e pobre em nutrientes. O mais provável é que o cerrado resulte da ação de todos esses fatores ao mesmo tempo. O cerrado brasileiro vem sendo ocupado intensamente por atividades agrárias, em especial a plantação de soja, desde que se passou a fazer a correção da acidez do solo com adubos e outros corretivos químicos.
BIOMA DA CAATINGA
A caatinga é uma formação vegetal que se distribui, à exceção do Maranhão, por terras de todos os estados nordestinos, e ainda avança até o norte de Minas Gerais, ocupando cerca de 11 % do território brasileiro. Seu nome deriva do tupi caa, que significa "mata", e tinga, "branca", por causa de seu aspecto esbranquiçado.
É típica do sertão nordestino, de clima semi-árido, cuja umidade fica abaixo dos 700mm de precipitação anual. Por essa razão, a vegetação apresenta folhas por cerca de 3 ou 4 meses, durante a estação das chuvas. Essa formação, portanto, é caracterizada como caducifólia e xerófila: as plantas, para sobreviverem às secas, desenvolveram formas de adaptação diversas. Algumas, como as cactáceas, apresentam espinhos em suas folhas a fim de reduzir a transpiração; outras perdem as folhas a fim de não perder água. O solo, raso e pedregoso, contribui para a manutenção dessas características. A água das chuvas não é armazenada, pois se infiltra rapidamente.
BIOMA DOS CAMPOS
Na vegetação brasileira nativa os campos são formações herbáceas que geralmente aparecem em forma de manchas de pequena extensão, distribuídas descontinuamente pelo interior do país. Bastante diversificadas, essas formações relacionam-se à existência de topografia suave ou climas mais frios e secos. Se aparecem exclusivamente gramíneas, denominam-se campos limpos, e se as gramíneas estão misturadas a pequenos arbustos, denominam-se campos sujos. Entre as diversas áreas de formação campestre, merecem destaque: os Campos meridionais como a Campanha Gaúcha, no Rio Grande do Sul; os Campos da Hiléia como as formações rasteiras encontradas em áreas inundáveis como a Ilha de Marajó; e os Campos de altitude encontradas acima de 100m de altitude como na Serra da Mantiqueira, no Sudeste.
BIOMA DO PANTANAL
O Pantanal faz parte da Bacia Platina, que, agrega três bacias hidrográficas: a do rio Paraguai, a do rio Uruguai e a do rio Paraná. Localizado nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além de terras do Paraguai e da Bolívia. Constituindo-se na maior área úmida continental do mundo, com altitudes que variam entre 100 e 200 metro.
O bioma do Pantanal apresenta espécies de quase todos os biomas brasileiros: caatinga, campos, floresta tropical e cerrado.
A alternância das estações chuvosa e seca determina o ritmo da vida no Pantanal: durante a época das chuvas (novembro-abril), as águas cobrem cerca de dois terços da região, pois o fato de ela ser cercada por montanhas e as baixas altitudes dificultam o escoamento das chuvas.
A partir de abril ou maio tem início o período mais seco do ano, o que se reflete na lenta redução do nível de água dos rios. Quando os terrenos secam, permanece sobre sua superfície uma fina camada de lama humífera, composta por uma mistura de areia, restos de animais e vegetais, sementes e humos, que fertiliza o solo e facilita o desenvolvimento da vegetação novamente.
FORMAÇÕES LITORÂNEAS
Por toda a extensão do litoral brasileiro, encontramos formações que abrigam grande variedade vegetal. As principais são: vegetação de dunas, vegetais rasteiros de raízes profundas e de grande extensão horizontal; restingas, que misturam espécies herbáceas, arbustivas e arbóreas; e manguezais, que se adaptam à intensa salinidade e à falta de oxigenação do solo das áreas sujeitas às marés.
Os manguezais são essenciais para a renovação da vida, pois são utilizados para a reprodução de muitas espécies marinhas, e também como fonte de alimentos.
ENERGIA E MATÉRIA NOS ECOSSISTEMAS
Fluxo de energia e níveis tróficos
O Sol é o principal responsável pela existência de vida na Terra. Em primeiro lugar, porque as radiações solares aquecem o solo, as massas de água e o ar, criando um ambiente favorável à vida. Em segundo lugar, porque a luz solar é captada pelos seres fotossintetizantes e transferida de um organismo para outro, ao longo das cadeias alimentares, permitindo a existência de praticamente todos os ecossistemas da Terra.
A energia luminosa captada por algas, plantas e bactérias fotossintetizantes é utilizada na produção de substâncias orgânicas, nas quais fica armazenada como energia potencial química. Ao comer seres fotossintetizantes, os consumidores primários aproveitam a energia contida nas moléculas das substâncias orgânicas ingeridas, utilizando-a em seus processos vitais, inclusive na síntese de suas próprias substâncias orgânicas. Os consumidores secundários, por sua vez, ao comer consumidores primários, utilizam as substâncias destes como fonte de energia, e assim por diante. Portanto, a transferência de energia na cadeia alimentar é unidirecional; ela tem início com a captação da energia luminosa pelos produtores e termina com a ação dos decompositores. Em cada nível trófico, parte da energia armazenada nas moléculas orgânicas é utilizada na realização de trabalho e liberada na forma de calor.
Em uma cadeia alimentar, portanto, a quantidade de energia presente em um nível trófico é sempre maior que a energia que pode se transferida ao nível seguinte. Isso ocorre porque todos os seres vivos consomem parte da energia do alimento para a manutenção de sua própria vida e não transferem essa parcela para o nível trófico seguinte.
Assim, a energia captada originalmente do Sol vai se dissipando como calor ao longo dos níveis tróficos dos ecossistemas. Consequentemente, para manter-se, estes dependem da absorção constante de energia luminosa do Sol.
PIRÂMIDES
Pirâmides são formas de demonstrar através de gráficos a hierarquia de cadeias.
Pirâmides são formas de demonstrar através de gráficos a hierarquia de cadeias.
Biomassa
Corresponde a matéria orgânica de cada nível trófico (sua pirâmide é igual a de energia já que a energia está na biomassa, assim quanto maior a biomassa, maior a energia).
Energia
Corresponde a energia contida na biomassa de cada nível trófico, assim cada parte da pirâmide terá indicada a energia de um nível trófico.
Corresponde a energia contida na biomassa de cada nível trófico, assim cada parte da pirâmide terá indicada a energia de um nível trófico.
Números
A largura dos níveis representam o número de representantes de cada espécie naquela cadeia alimentar; é a mais variada, veja nos exemplos abaixo:
A largura dos níveis representam o número de representantes de cada espécie naquela cadeia alimentar; é a mais variada, veja nos exemplos abaixo:
Níveis de organização dos seres vivos
Uma das bases do aprendizado é a capacidade para se localizar em um conteúdo. É necessário observar, em primeiro lugar, globalmente, para depois ir se situando localmente. Um determinado conteúdo deve ser entendido superficialmente, para que depois entremos em mais detalhes.
Os níveis de organização dos seres vivos representam uma bela oportunidade para que possamos entender a dinâmica da Natureza. Aliás, poderíamos generalizar e dizer, por exemplo, que a Física hoje se divide entre os extremos desses níveis: os adeptos da Teoria Quântica procuram entender a natureza irregular dos átomos, ao passo que os estudiosos da Teoria da Relatividade se debruçam sobre os aspectos aparentemente regulares do Cosmo.
Do mais simples ao mais complexo objeto de estudo da Biologia, encontramos: átomo, molécula, orgânulo, célula, tecido, órgão, sistema, organismo, população, comunidade, ecossistema e biosfera. Tomarei como exemplo o sistema circulatório para esclarecer esses níveis, mas poderíamos pegar para exemplificação o sistema ósseo que aparece na figura abaixo.
Os níveis de organização dos seres vivos representam uma bela oportunidade para que possamos entender a dinâmica da Natureza. Aliás, poderíamos generalizar e dizer, por exemplo, que a Física hoje se divide entre os extremos desses níveis: os adeptos da Teoria Quântica procuram entender a natureza irregular dos átomos, ao passo que os estudiosos da Teoria da Relatividade se debruçam sobre os aspectos aparentemente regulares do Cosmo.
Do mais simples ao mais complexo objeto de estudo da Biologia, encontramos: átomo, molécula, orgânulo, célula, tecido, órgão, sistema, organismo, população, comunidade, ecossistema e biosfera. Tomarei como exemplo o sistema circulatório para esclarecer esses níveis, mas poderíamos pegar para exemplificação o sistema ósseo que aparece na figura abaixo.
Pois bem, tudo começa nos átomos, minúsculas porções da matéria. Tão minúsculas que até hoje nenhum cientista conseguiu ver um átomo nem com o mais potente dos microscópios. Uma simples e didaticamente boa representação do átomo é uma "esfera" na qual existe um núcleo denso com cargas positivas e neutras rodeado por cargas negativas. Dependendo do número de cargas positivas que existir em determinado átomo, ele será classificado como um determinado elemento químico. Por exemplo, todo átomo com duas cargas positivas em seu núcleo representa o elemento químico hélio, com todas as suas propriedades, e assim por diante.
Átomos reunidos formam moléculas. Diferentes moléculas são formadas graças ao tipo de átomo presente na ligação e do tipo e número de ligações. Diferentes tipos de átomos se unem para formar, por exemplo, moléculas de hemoglobina.
Várias moléculas reunidas formam orgânulos, como os ribossomos, mitocôndrias, sistema golgiense, retículo endoplasmático liso, retículo endoplasmático rugoso, lisossomos, centríolos etc. As hemácias, principais células do nosso sangue e que dá a ele a característica cor vermelha e o conhecido "gosto de ferro" possuem vários desses orgânulos, mas não possuem núcleo e seus componentes.
Várias células formam tecidos. As hemácias, junto com outros tipos celulares como os leucócitos, formam o tecido sanguíneo. Vários tipos de tecidos reunidos formamórgãos. Por exemplo, os tecidos sanguíneo e muscular (entre vários outros) formam o coração, órgão vital. Órgãos reunidos formam sistemas. No caso do sistema circulatório, o principal órgão é o coração, associado a veias, artérias, vasos e válvulas.
O conjunto de sistemas (excretor, respiratório, circulatório etc) acaba por caracterizar o organismo. Vários organismos formam uma população, e o conjunto de várias populações distintas caracteriza uma comunidade. É interessante salientar que, levando-se em conta os termos biológicos, a associação que fazemos comumente é errada. Consideramos comunidade quando deveríamos considerar população. Quando dizemos que a "comunidade" do complexo do Alemão recebeu a pacificação não estamos considerando os gatos, cachorros, periquitos e insetos que certamente passam por lá, portanto, seria cientificamente correto falar sobre apopulação do complexo do Alemão.
O conjunto de várias comunidades formam os ecossistemas e o conjunto de todos os ecossistemas do planeta, forma a biosfera.
Transgênicos (português brasileiro) ou transgénicos (português europeu) são organismos que, mediante técnicas de engenharia genética, contêm materiais genéticos de outros organismos. A geração de transgênicos visa organismos com características novas ou melhoradas relativamente ao organismo original. Resultados na área de transgenia já são alcançados desde a década de 1970, na qual foi desenvolvida a técnica do DNA recombinante.
A manipulação genética combina características de um ou mais organismos de uma forma que provavelmente não aconteceria na natureza. Por exemplo, podem ser combinados os DNAs de organismos que não se cruzariam por métodos naturais.
Clonagem é a produção de indivíduos geneticamente iguais. É um processo de reprodução assexuada que resulta na obtenção de cópias geneticamente idênticas de um mesmo ser vivo – micro-organismo, vegetal ou animal.
A reprodução assexuada é um método próprio dos organismos constituídos por uma única ou por um escasso número de células, por via de regra absolutamente dependentes do meio onde vivem e muito vulneráveis às suas modificações.
Clonagem em biologia é o processo de produção das populações de indivíduos geneticamente idênticos, que ocorre na natureza quando organismos, tais como bactérias, insetos e plantas reproduzirem assexuadamente. Clonagem em biotecnologia refere-se aos processos usados para criar cópias de fragmentos de DNA (Clonagem molecular), células (Clonagem Celular), ou organismos.
Genética forense
Apesar de o ramo mais desenvolvido da Genética Forense ser a Identificação Humana pelo DNA e sua aplicação mais popular ser o Teste de paternidade, a Genética Forense não limita-se a isso, podendo ser aplicada na identificação ou individualização de animais, plantas e microrganismos.
Histórico
A Genética Forense iniciou-se quando foram utilizadas pela primeira vez características genéticas para a definição de paternidade, ajudando a justiça.
A fase moderna da Genética Forense iniciou-se na década de 1980 quando pesquisadores descobriram regiões altamente variáveis do DNA, capazes de individualizar uma pessoa [1], [2]. Em 1985, Sir Alec Jeffreys [3] apelidou as características únicas do DNA de uma pessoa de "impressões digitais do DNA" [4].
No decorrer da década de 1990, com a popularização da PCR, desenvolveram-se técnicas cada vez mais sensíveis, capazes de identificar a origem de amostras biológicas com muito pouco DNA. A Genética Forense é a área do conhecimento que trata da utilização dos conhecimentos e das técnicas de genética e de biologia molecular no auxílio à justiça. A Genética Forense também é conhecida como DNA Forense.
Apesar de o ramo mais desenvolvido da Genética Forense ser a Identificação Humana pelo DNA e sua aplicação mais popular ser o Teste de paternidade, a Genética Forense não limita-se a isso, podendo ser aplicada na identificação ou individualização de animais, plantas e microrganismos.
Aventurar-se causa ansiedade, mas deixar de arriscar-se é perder a si mesmo. Aventurar-se no sentido mais amplo é precisamente tomar consciência de si próprio. (Kierkegaard)
Conhecimento perigoso é aquele conhecimento que se acumulou muito mais rapidamente que a sabedoria necessária para gerenciá-lo. (Van R. Potter -1967)
A integridade sem conhecimento é débil e inútil e o conhecimento sem integridade é perigoso e temível. (Samuel Johnson (1709-1784) Rasselas 1759)
O conhecimento torna-se perigoso nas mãos de especialistas aos quais falta um referencial amplo para visualizarem todas as implicações de seu trabalho. Sabedoria é o conhecimento necessário para utilizar o conhecimento para o bem social. (Van Rensselaer Potter - 1971)
Aspectos Legais
Lei 8974/95
Normas para o uso das técnicas de engenharia genética e liberação no meio ambiente de organismos geneticamente modificados
- proíbe a utilização de embriões em pesquisas e a manipulação de células germinativas.
Resolução 196/96
Diretrizes e Normas de Pesquisa em Seres Humanos
- todas as pesquisas que envolvem genética humana, realizadas no Brasil, devem ser aprovadas pelo Comitê de Ética em Pesquisa e pelo Comitê de Biossegurança de cada instituição e submetidos, posteriormente, à Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP).
Instrução Normativa 08/97 CTNBio/MCT
- proíbe manipulação genética de células germinais e totipotentes e de clonagem em seres humanos.
Aspectos Éticos
As doenças genéticas são doenças incuráveis, sendo que algumas tem tratamento. Em vários casos existem genes que aumentam os fatores de risco para outras doenças. Entre os adultos com doenças crônicas, 10% tem algum problema de origem genética, e 33% das internações pediátricas tem problemas genéticos associados.
Em 1966, eram conhecidas 564 doenças genéticas, em 1992 eram 3307 doenças caracterizadas. No início do século XX, 3% das mortes perinatais eram devidas a causas genéticas, já na década de 90 este valor atingiu o valor de 50%. Com as informações produzidas pelo Projeto Genoma Humano, o número de doenças caracterizadas como tendo componente genético tende a aumentar.
Estas doenças trazem consigo alguns dilemas éticos:
A terapia gênica germinativa baseia-se na alteração de células reprodutivas (óvulos, espermatozóides ou células precursoras). Além das questões éticas, esta terapia apresenta inúmeros problemas operacionais: alta taxa de mortalidade; desenvolvimento de tumores e malformações; alteração de embriões potencialmente normais e a irreversibilidade das ações.
Algumas diretrizes podem ser propostas no sentido orientar as ações na área da genética humana:
Considerações Finais
Nós devemos recuperar a prudência (phronesis), entendida como sabedoria na deliberação, decisão e ação. A prudência considera a existência do acaso, da incerteza, do risco, do desconhecido, componentes desta aventura científica que todos estamos participando. A prudência é que separa a ação do impulso, é ela que nos dá uma certa fidelidade ao futuro, tão necessária na discussão dos aspectos éticos da genética.
Para finalizar, gostaria de utilizar um texto que pode ser ilustrativo desta questão toda. Foi utilizado pela IBM em outdoors em seus centros de pesquisa, baseando-se nas idéias de Karl Popper.
Nós não fomos capazes de responder a todos os nossos problemas, na verdade, não respondemos completamente a nenhum deles. As respostas que obtivemos serviram apenas para levantar um novo conjunto de questões. De alguma forma, nos sentimos tão confusos quanto antes, mas pensamos que estamos confusos em nível muito mais elevado e sobre coisas mais importantes.
Texto elaborado em 09/1997 e atualizado em 23/09/2001
(c)Goldim 1997/2001
Sustentabilidade ambiental
As Nações Unidas, através do sétimo ponto das Metas de desenvolvimento do milénio procura garantir ou melhorar a sustentabilidade ambiental,[5] através de quatro objectivos principais:[6]
Desenvolvimento sustentável
A definição mais usada para o desenvolvimento sustentável é:
Sustentabilidade é a habilidade de sustentar ou suportar uma ou mais condições, exibida por algo ou alguém. É uma característica ou condição de um processo ou de um sistema que permite a sua permanência, em certo nível, por um determinado prazo. Em anos recentes, o conceito tornou-se um princípio, segundo o qual o uso dos recursos naturais para a satisfação de necessidades presentes não pode comprometer a satisfação das necessidades das gerações futuras, o que requereu a vinculação da sustentabilidade no longo prazo, um "longo prazo" de termo indefinido, em princípio.
Sustentabilidade também pode ser definida como a capacidade do ser humano interagir com o mundo preservando o meio ambiente para não comprometer os recursos naturais das gerações futuras. É um conceito complexo, que gerou dois programas nacionais. O Conceito de Sustentabilidade é complexo, pois atende a um conjunto de variáveis interdependentes, mas podemos dizer que é a capacidade de integrar as Questões Sociais, Energéticas, Economicas e Ambientais.
Com a finalidade de preservar o meio ambiente para não comprometer os recursos naturais das gerações futuras, foram criados dois programas nacionais: o Procel (eletricidade) e o Conpet.
• Questão Social: Sem considerar a questão social, não há sustentabilidade. Em primeiro lugar é preciso respeitar o ser humano, para que este possa respeitar a natureza. O homem é a parte mais importante do meio ambiente.
• Questão Energética: Sem considerar a questão energética, não há sustentabilidade. Sem energia a economia não se desenvolve. E se a economia não se desenvolve, as condições de vida das populações se deterioram.
• Questão Ambiental: Sem considerar a questão ambiental, não há sustentabilidade. Com o meio ambiente degradado, o ser humano abrevia o seu tempo de vida; a economia não se desenvolve; o futuro fica insustentável.
Projeto Genoma é o nome de um trabalho conjunto realizado por diversos países visando desvendar o código genético de um organismo (podendo ser animal, vegetal, de fungos, bactérias ou de um vírus) através do seu mapeamento. Seu marco inicial é considerado o Projeto Genoma Humano.
[editar] Metodologia
Ver artigo principal: sequenciamento de DNA
O grupo particular Celera Genomics utilizou uma metodologia semelhante para tentar desvendar o genoma humano. Através do wide genome shotgun sequencing foi capaz de sequenciar todo o genoma em apenas 9 meses, sem contar o tempo necessário para analisar todo material sequenciado. Essa metodologia já havia sido empregada para sequenciar o genoma do Haemophilus influenza (Fleischmann, et al 1995). Essa técnica é semelhante a técnica utilizada pelo Consórcio Internacional, entretanto não é necessário criar os clones e avaliar seu padrão de bandas após digestão com enzimas de restrição. Nesse método o genoma total é fragmentado em pedaços bem pequenos que são inseridos em vetores e posteriormente clonados. Entretanto para se montar a sequência final é necessário avaliar todas as regiões de sobreposição entre os pequenos fragmentos criados. Para realizar esse último processo foi necessário o uso de um super-computador, que levou vários meses para poder sintetizar o genoma final.
[editar] Softwares
A maioria dos institutos de pequisas usam seu próprio software, dentre os mais conhecidos estão:
[editar] Projeto Genoma Humano
Ver artigo principal: Projeto Genoma Humano
Em 1990, com iniciativa do Departamento de Energia dos Estados Unidos da América, foi iniciado o Projeto Genoma Humano. Com um financiamento inicial de 50 bilhões de dólares e uma duração prevista de 15 anos, o Projeto Genoma teve como objetivos criar mapas físicos de alta resolução, sequenciar todo o DNA do genoma humano, criar e depositar as informações obtidas em um banco de dados e aperfeiçoar as técnicas moleculares de modo a melhorar a qualidade do estudo.
O mapa físico foi concluído em 1995 junto com novas técnicas que permitiram a automatização das técnicas de DNA (Genetics - a conceptual approach), tornando o sequenciamento do DNA em larga escala possível.
Os resultados obtidos pelo Projeto Genoma Humano foram a criação de testes para predisposição à doenças de início tardio como Parkinson e Câncer de pulmão, a criação de teste de diagnóstico conclusivo como craniossinostoses e fibrose cística e permitiu investigação em questões evolutivas através do conhecimento de regiões que são altamente conservadas em todas ou diversas espécies.
Ainda espera-se que sirva para a localização de genes ainda não identificados, que sirva para a criação de terapias moleculares, análises proteômicas e manipulação genética.
Brasil
O Brasil tem participado ativamente das pesquisas, através de suas grandes universidades, principalmente USP e UNICAMP, que realizaram o mapeamento do genoma da bactéria Xylella fastidiosa, causadora de uma doença chamada amarelinho, que atinge algumas culturas vegetais.
A manipulação genética combina características de um ou mais organismos de uma forma que provavelmente não aconteceria na natureza. Por exemplo, podem ser combinados os DNAs de organismos que não se cruzariam por métodos naturais.
Clonagem é a produção de indivíduos geneticamente iguais. É um processo de reprodução assexuada que resulta na obtenção de cópias geneticamente idênticas de um mesmo ser vivo – micro-organismo, vegetal ou animal.
A reprodução assexuada é um método próprio dos organismos constituídos por uma única ou por um escasso número de células, por via de regra absolutamente dependentes do meio onde vivem e muito vulneráveis às suas modificações.
Clonagem em biologia é o processo de produção das populações de indivíduos geneticamente idênticos, que ocorre na natureza quando organismos, tais como bactérias, insetos e plantas reproduzirem assexuadamente. Clonagem em biotecnologia refere-se aos processos usados para criar cópias de fragmentos de DNA (Clonagem molecular), células (Clonagem Celular), ou organismos.
Genética forense
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A Genética Forense é a área do conhecimento que trata da utilização dos conhecimentos e das técnicas de genética e de biologia molecular no auxílio à justiça. A Genética Forense também é conhecida como DNA Forense.Apesar de o ramo mais desenvolvido da Genética Forense ser a Identificação Humana pelo DNA e sua aplicação mais popular ser o Teste de paternidade, a Genética Forense não limita-se a isso, podendo ser aplicada na identificação ou individualização de animais, plantas e microrganismos.
Histórico
A Genética Forense iniciou-se quando foram utilizadas pela primeira vez características genéticas para a definição de paternidade, ajudando a justiça.A fase moderna da Genética Forense iniciou-se na década de 1980 quando pesquisadores descobriram regiões altamente variáveis do DNA, capazes de individualizar uma pessoa [1], [2]. Em 1985, Sir Alec Jeffreys [3] apelidou as características únicas do DNA de uma pessoa de "impressões digitais do DNA" [4].
No decorrer da década de 1990, com a popularização da PCR, desenvolveram-se técnicas cada vez mais sensíveis, capazes de identificar a origem de amostras biológicas com muito pouco DNA. A Genética Forense é a área do conhecimento que trata da utilização dos conhecimentos e das técnicas de genética e de biologia molecular no auxílio à justiça. A Genética Forense também é conhecida como DNA Forense.
Apesar de o ramo mais desenvolvido da Genética Forense ser a Identificação Humana pelo DNA e sua aplicação mais popular ser o Teste de paternidade, a Genética Forense não limita-se a isso, podendo ser aplicada na identificação ou individualização de animais, plantas e microrganismos.
Ética e Genética
José Roberto Goldim
O texto a seguir ainda não está totalmente elaborado. São apresentadas algumas notas e citações que podem orientar a reflexão sobre esta ''area tão importante de interface bioética.
Aspectos Sociais
A ciência é e continua a ser uma aventura. (Edgar Morin)
Aventure-se, pois da mais insignificante pista, surgiu toda a riqueza que o homem já conheceu. (John Masefield (1878-1967) So long to learn - 1952) Aventurar-se causa ansiedade, mas deixar de arriscar-se é perder a si mesmo. Aventurar-se no sentido mais amplo é precisamente tomar consciência de si próprio. (Kierkegaard)
Conhecimento perigoso é aquele conhecimento que se acumulou muito mais rapidamente que a sabedoria necessária para gerenciá-lo. (Van R. Potter -1967)
A integridade sem conhecimento é débil e inútil e o conhecimento sem integridade é perigoso e temível. (Samuel Johnson (1709-1784) Rasselas 1759)
O conhecimento torna-se perigoso nas mãos de especialistas aos quais falta um referencial amplo para visualizarem todas as implicações de seu trabalho. Sabedoria é o conhecimento necessário para utilizar o conhecimento para o bem social. (Van Rensselaer Potter - 1971)
Aspectos Legais
Lei 8974/95
Normas para o uso das técnicas de engenharia genética e liberação no meio ambiente de organismos geneticamente modificados
- proíbe a utilização de embriões em pesquisas e a manipulação de células germinativas.
Resolução 196/96
Diretrizes e Normas de Pesquisa em Seres Humanos
- todas as pesquisas que envolvem genética humana, realizadas no Brasil, devem ser aprovadas pelo Comitê de Ética em Pesquisa e pelo Comitê de Biossegurança de cada instituição e submetidos, posteriormente, à Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP).
Instrução Normativa 08/97 CTNBio/MCT
- proíbe manipulação genética de células germinais e totipotentes e de clonagem em seres humanos.
Aspectos Éticos
As doenças genéticas são doenças incuráveis, sendo que algumas tem tratamento. Em vários casos existem genes que aumentam os fatores de risco para outras doenças. Entre os adultos com doenças crônicas, 10% tem algum problema de origem genética, e 33% das internações pediátricas tem problemas genéticos associados.
Em 1966, eram conhecidas 564 doenças genéticas, em 1992 eram 3307 doenças caracterizadas. No início do século XX, 3% das mortes perinatais eram devidas a causas genéticas, já na década de 90 este valor atingiu o valor de 50%. Com as informações produzidas pelo Projeto Genoma Humano, o número de doenças caracterizadas como tendo componente genético tende a aumentar.
Estas doenças trazem consigo alguns dilemas éticos:
- É eticamente adequado diagnosticar doenças sem cura ?
- É eticamente adequado testar indivíduos portadores assintomáticos, que apresentem risco apenas para a prole ?
- É eticamente adequado realizar estes testes em pacientes com possibilidade de doenças degenerativas de início tardio ?
A alternativa mais promissora para o tratamento destas doenças é a terapia gênica, a partir de técnicas de Engenharia Genética.
A terapia gênica somática só é utilizada para tratar doenças genéticas recessivas em células de diferentes tecidos não relacionados a produção de gametas. A sua característica básica é a de provocar uma alteração no DNA do portador da patologia, através da utilização de um vetor, que pode ser um retrovírus ou um adenovírus. Os problemas operacionais desta técnica são: o tempo de vida da célula hospedeira; a baixa expressão do gene; o controle da expressão gênica; a dificuldade de atingir o tecido-alvo e o seu potencial oncogênico. A terapia gênica germinativa baseia-se na alteração de células reprodutivas (óvulos, espermatozóides ou células precursoras). Além das questões éticas, esta terapia apresenta inúmeros problemas operacionais: alta taxa de mortalidade; desenvolvimento de tumores e malformações; alteração de embriões potencialmente normais e a irreversibilidade das ações.
Algumas diretrizes podem ser propostas no sentido orientar as ações na área da genética humana:
- o aconselhamento genético deve ser não-diretivo. O importante é entender o significado da palavra não-diretivo. É adequada a não-diretividade quando associada a noção de imparcialidade e inadequada quando associada a de neutralidade, de não envolvimento, de negação dos valores pessoais;
- toda assistência genética, incluindo rastreamento, aconselhamento e testagem, devem ser voluntária, com a exceção do rastreamento de recém-nascidos para condições nas quais um tratamento precoce e disponível possa beneficiar o recém-nascido;
- a confidencialidade das informações genéticas deve ser mantida, exceto quando um alto risco de um sério dano aos membros da família em risco genético e a informação possa ser utilizada para evitar este dano;
- a privacidade de um indivíduo em particular deve ser protegida de terceiros institucionais, tais como empregadores, seguradoras, escolas, entidades comerciais e órgãos governamentais,
- o diagnóstico pré-natal deve ser feito somente por razões relevantes para a saúde do feto e somente para detectar condições genéticas e malformações fetais.
Considerações Finais
Genética
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Passado
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Buscava explicar as origens e as formas de transmissão das características.
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Buscava as justificar as ações entre indivíduos contemporâneos e geograficamente próximos.
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Presente
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Assusta com a irreversibilidade das ações presentes sobre o futuro.
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Preocupação com as gerações futuras, com os indivíduos ainda não existentes, que jamais conheceremos.
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Para finalizar, gostaria de utilizar um texto que pode ser ilustrativo desta questão toda. Foi utilizado pela IBM em outdoors em seus centros de pesquisa, baseando-se nas idéias de Karl Popper.
Nós não fomos capazes de responder a todos os nossos problemas, na verdade, não respondemos completamente a nenhum deles. As respostas que obtivemos serviram apenas para levantar um novo conjunto de questões. De alguma forma, nos sentimos tão confusos quanto antes, mas pensamos que estamos confusos em nível muito mais elevado e sobre coisas mais importantes.
(c)Goldim 1997/2001
Sustentabilidade ambiental
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A sustentabilidade ambiental consiste na manutenção das funções e componentes do ecossistema, de modo sustentável,[1][2] podendo igualmente designar-se como a capacidade que o ambiente natural tem de manter as condições de vida para as pessoas e para outras espécies e a qualidade de vida para as pessoas, tendo em conta a habitabilidade, a beleza do ambiente e a sua função como fonte de energias renováveis.[3][4]As Nações Unidas, através do sétimo ponto das Metas de desenvolvimento do milénio procura garantir ou melhorar a sustentabilidade ambiental,[5] através de quatro objectivos principais:[6]
- Integrar os princípios do desenvolvimento sustentável nas políticas e programas nacionais e reverter a perda de recursos ambientais.
- Reduzir de forma significativa a perda da biodiversidade.
- Reduzir para metade a proporção de população sem acesso a água potável e saneamento básico.
- Alcançar, até 2020 uma melhoria significativa em pelo menos cem milhões de pessoas a viver abaixo do limiar da pobreza.
Desenvolvimento sustentável
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Esquema representativo das várias componentes do desenvolvimento sustentável
Desenvolvimento sustentável é um conceito sistémico que se traduz num modelo de desenvolvimento global que incorpora os aspectos de desenvolvimento ambiental.[1][2] Foi usado pela primeira vez em 1987, no Relatório Brundtland, um relatório elaborado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criado em 1983 pela Assembleia das Nações Unidas.[3]A definição mais usada para o desenvolvimento sustentável é:
O desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades, significa possibilitar que as pessoas, agora e no futuro, atinjam um nível satisfatório de desenvolvimento social e económico e de realização humana e cultural, fazendo, ao mesmo tempo, um uso razoável dos recursos da terra e preservando as espécies e os habitats naturais.
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Sustentabilidade também pode ser definida como a capacidade do ser humano interagir com o mundo preservando o meio ambiente para não comprometer os recursos naturais das gerações futuras. É um conceito complexo, que gerou dois programas nacionais. O Conceito de Sustentabilidade é complexo, pois atende a um conjunto de variáveis interdependentes, mas podemos dizer que é a capacidade de integrar as Questões Sociais, Energéticas, Economicas e Ambientais.
Com a finalidade de preservar o meio ambiente para não comprometer os recursos naturais das gerações futuras, foram criados dois programas nacionais: o Procel (eletricidade) e o Conpet.
• Questão Social: Sem considerar a questão social, não há sustentabilidade. Em primeiro lugar é preciso respeitar o ser humano, para que este possa respeitar a natureza. O homem é a parte mais importante do meio ambiente.
• Questão Energética: Sem considerar a questão energética, não há sustentabilidade. Sem energia a economia não se desenvolve. E se a economia não se desenvolve, as condições de vida das populações se deterioram.
• Questão Ambiental: Sem considerar a questão ambiental, não há sustentabilidade. Com o meio ambiente degradado, o ser humano abrevia o seu tempo de vida; a economia não se desenvolve; o futuro fica insustentável.
Projeto Genoma é o nome de um trabalho conjunto realizado por diversos países visando desvendar o código genético de um organismo (podendo ser animal, vegetal, de fungos, bactérias ou de um vírus) através do seu mapeamento. Seu marco inicial é considerado o Projeto Genoma Humano.
Índice
[esconder]
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[editar] Metodologia
Sobreposição de clones.
O metodo sequenciamento de Sanger utiliza iniciadores da reação conhecidos como primers, que são sequências sintéticas que, na reação, se anelam à sequência-alvo iniciando o processo de replicação e sequenciamento. Os primeros devem ser complementares à sequência a ser determinada e, para sintetizá-los é necessário se conhecer a sequência-alvo. Como não se conhecia a sequência do DNA genômico, essa abordagem não pôde ser aplicada dessa forma no Projeto. Como alternativa o método de Hidro Pump sequencing foi utilizado. Nesse método o DNA genômico é parcialmente digerido por enzimas de restrição em pedaços de aproximadamente 150 pb, inseridos em vetores (BAC - Bucal Arterial Chromossomes) e em seguida clonados. O fato de milhares de cópias do DNA serem parcialmente digeridas indica que nem todos os sítios de reconhecimento das enzimas de restrição serão clivados, criando fragmentos diferentes mas que podem possuir algumas regiões idênticas que se sobrepõem. Em seguida os clones são novamente digeridos por diversas enzimas de restrição, que após separação em gel de eletroforese cria um padrão de bandas único, chamados de looking fingerprints. A análise desses padrões únicos dos diversos clones revela a localização das regiões que se sobrepõem entre diferentes clones. Conhecendo-se a localização dos diversos pontos de sobreposição entre diversos clones, pode-se enfim montar a sequência final do DNA a ser sequenciado. Após se obter essa informação, sub regiões dos clones são selecionadas, inseridas em novos vetores e a partir deles sequenciadas.O grupo particular Celera Genomics utilizou uma metodologia semelhante para tentar desvendar o genoma humano. Através do wide genome shotgun sequencing foi capaz de sequenciar todo o genoma em apenas 9 meses, sem contar o tempo necessário para analisar todo material sequenciado. Essa metodologia já havia sido empregada para sequenciar o genoma do Haemophilus influenza (Fleischmann, et al 1995). Essa técnica é semelhante a técnica utilizada pelo Consórcio Internacional, entretanto não é necessário criar os clones e avaliar seu padrão de bandas após digestão com enzimas de restrição. Nesse método o genoma total é fragmentado em pedaços bem pequenos que são inseridos em vetores e posteriormente clonados. Entretanto para se montar a sequência final é necessário avaliar todas as regiões de sobreposição entre os pequenos fragmentos criados. Para realizar esse último processo foi necessário o uso de um super-computador, que levou vários meses para poder sintetizar o genoma final.
[editar] Softwares
A maioria dos institutos de pequisas usam seu próprio software, dentre os mais conhecidos estão:- AMO
- Celera Assembler
- The Arachne
- Phred/Phrap
[editar] Projeto Genoma Humano
O mapa físico foi concluído em 1995 junto com novas técnicas que permitiram a automatização das técnicas de DNA (Genetics - a conceptual approach), tornando o sequenciamento do DNA em larga escala possível.
Os resultados obtidos pelo Projeto Genoma Humano foram a criação de testes para predisposição à doenças de início tardio como Parkinson e Câncer de pulmão, a criação de teste de diagnóstico conclusivo como craniossinostoses e fibrose cística e permitiu investigação em questões evolutivas através do conhecimento de regiões que são altamente conservadas em todas ou diversas espécies.
Ainda espera-se que sirva para a localização de genes ainda não identificados, que sirva para a criação de terapias moleculares, análises proteômicas e manipulação genética.
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