Células - tronco
As
células-tronco estão presentes desde a vida embrionária até provavelmente a
nossa morte. Trata-se de células primitivas produzidas durante o
desenvolvimento do organismo e que dão origem a outros tipos de células.
São classificadas em:
Totipotentes: Formadas após a fecundação com a formação do zigoto, possuem a capacidade de dar origem a todo o individuo. Prova disso são os gêmeos univitelinos, que são formados nas primeiras divisões do zigoto, que se separa dando origem a dois indivíduos idênticos.
Pluripotentes: Formado com o desenvolvimento da embriogenese, na fase de blastocisto, possuem a capacidade de gerar qualquer outra célula.
São classificadas em:
Totipotentes: Formadas após a fecundação com a formação do zigoto, possuem a capacidade de dar origem a todo o individuo. Prova disso são os gêmeos univitelinos, que são formados nas primeiras divisões do zigoto, que se separa dando origem a dois indivíduos idênticos.
Pluripotentes: Formado com o desenvolvimento da embriogenese, na fase de blastocisto, possuem a capacidade de gerar qualquer outra célula.
A
diferença entre célula-tronco totipotente e pluripotente está no fato da
primeira (totipotente) ser capaz de originar um novo indivíduo, enquanto a
segunda (pluripotente) não teria essa capacidade. Isso ocorre porque no
processo de divisão celular, acontece o que chamamos de diferenciação celular,
no qual a célula adquire a capacidade de se “especializar” em uma determinada
função, dando origem aos diferentes tecidos.
Multipotente: Podem produzir células de várias linhagens.
Oligopotentes: Podem produzir células dentro de uma única linhagem.
Unipotentes: Produzem somente um único tipo celular maduro.
Elas são encontradas em células embrionárias e em vários locais do corpo, como medula óssea, cordão umbilical, sangue, fígado, placenta, entre outros.
Multipotente: Podem produzir células de várias linhagens.
Oligopotentes: Podem produzir células dentro de uma única linhagem.
Unipotentes: Produzem somente um único tipo celular maduro.
Elas são encontradas em células embrionárias e em vários locais do corpo, como medula óssea, cordão umbilical, sangue, fígado, placenta, entre outros.
Quanto ao tipo elas
podem ser classificadas em adultas, embrionárias ou células-tronco
pluripotentes induzidas (IPS – sigla em inglês). As embrionárias são as que
possuem a capacidade de se transformar em qualquer tipo de célula adulta e por
serem obtidas de embriões, estão envolvidas em grandes questões éticas e
religiosas, pois muitas vezes para se obter essas células o embrião é
sacrificado. Já as células-tronco adultas são encontradas principalmente no
cordão umbilical e na medula óssea, elas possuem a capacidade de se dividir e gerar
tanto uma célula idêntica como outra diferenciada. São multipotentes por serem
menos versáteis que as embrionárias.
No caso das células-tronco pluripotentes induzidas, são produzidas em laboratório desde 2007, quando cientistas conseguiram que células da pele revertessem para o estágio de células-tronco.
PESQUISAS
As pesquisas com células-tronco são importantes para que possamos entender melhor o funcionamento e crescimento do organismo e como os tecidos se mantêm ao longo da vida adulta, fundamental para se compreender o que se passa com o organismo durante uma doença.
O desenvolvimento dessas células fornece aos pesquisadores ferramentas para modelar doenças, testar drogas e desenvolver terapias efetivas.
A técnica de terapia celular consiste na substituição de células doentes por células saudáveis, é um dos potenciais usos das células-tronco no combate de doenças. Em teoria, qualquer doença em que haja degeneração tecidual poderia ser tratada através dessa técnica.
Apesar dos resultados dos testes com animais serem promissores, as pesquisas com essas células e sua aplicação para o tratamento de doenças ainda se encontra em fase inicial. Como qualquer tratamento médico, é preciso assegurar métodos rigorosos de pesquisa e testes para garantir sua eficácia em longo prazo.
No caso das células-tronco pluripotentes induzidas, são produzidas em laboratório desde 2007, quando cientistas conseguiram que células da pele revertessem para o estágio de células-tronco.
PESQUISAS
As pesquisas com células-tronco são importantes para que possamos entender melhor o funcionamento e crescimento do organismo e como os tecidos se mantêm ao longo da vida adulta, fundamental para se compreender o que se passa com o organismo durante uma doença.
O desenvolvimento dessas células fornece aos pesquisadores ferramentas para modelar doenças, testar drogas e desenvolver terapias efetivas.
A técnica de terapia celular consiste na substituição de células doentes por células saudáveis, é um dos potenciais usos das células-tronco no combate de doenças. Em teoria, qualquer doença em que haja degeneração tecidual poderia ser tratada através dessa técnica.
Apesar dos resultados dos testes com animais serem promissores, as pesquisas com essas células e sua aplicação para o tratamento de doenças ainda se encontra em fase inicial. Como qualquer tratamento médico, é preciso assegurar métodos rigorosos de pesquisa e testes para garantir sua eficácia em longo prazo.
Tipos de Tecidos
Nos
animais vertebrados há quatro grandes grupos de tecidos: o muscular, o nervoso, oconjuntivo (abrangendo também os tecidos ósseo, cartilaginoso e sanguíneo) e
o epitelial, constituindo subtipos
específicos que irão formar os órgãos e sistemas corporais.
Por exemplo: O sangue é considerado um tecido conjuntivo, com diversificadas células (as hemácias, os leucócitos e as plaquetas) e o plasma (água, sais minerais e diversas proteínas).
Por exemplo: O sangue é considerado um tecido conjuntivo, com diversificadas células (as hemácias, os leucócitos e as plaquetas) e o plasma (água, sais minerais e diversas proteínas).
Nos
invertebrados estes tipos de tecido são basicamente os mesmos, porém com
organizações mais simples. A maioria dos tecidos além de serem compostos de
células, apresentam entre elas substâncias intracelulares (intersticiais).
Especificação dos tecidos
básicos
Epitélio → revestimento da superfície externa do corpo (pele), os órgãos (fígado, pulmão e rins) e as cavidades corporais internas;
Conjuntivo → constituído por células e abundante matriz extracelulas, com
função de preenchimento, sustentação e transporte de substâncias;
Muscular → constituído por células com propriedades contráteis;
Nervoso → formado por células que constituem o sistema nervoso central e periférico (o cérebro, a medula espinhal e os nervos).
Muscular → constituído por células com propriedades contráteis;
Nervoso → formado por células que constituem o sistema nervoso central e periférico (o cérebro, a medula espinhal e os nervos).
Tecido epitelial
A
superfície externa do corpo e as cavidades corporais internas dos animais são
revestidas por este tecido. O tecido epitelial desempenha várias funções no
organismo, como proteção do corpo (pele), absorção de substâncias
úteis (epitélio do intestino) e percepção de sensações (pele),dependendo
do órgão aonde se localizam.
Os
tecidos epiteliais ou epitélios têm células perfeitamente justapostas, unidas por pequena
quantidade de material cimentante, com pouquíssimo espaço intercelular.
Os epitélios não são vascularizados e não sangram quando feridos. A nutrição
das células se faz por difusão a partir dos capilares existentes em outro
tecido, o conjuntivo, adjacente ao epitélio a ele ligado. O arranjo das células
epiteliais pode ser comparado ao de ladrilhos ou tijolos bem encaixados.
Os
epitélios podem ser classificados quanto ao número de células:
- Quando os epitélios são
formados por uma só camada de células, são chamados de epitélios simples ou uniestratificados (do latim uni, um,
e stratum, camada).
- Já os epitélios formados por
mais de uma camada de células são chamados estratificados.
- Existem ainda epitélios que,
apesar de formados por uma única camada celular, têm células de diferentes
alturas, o que dá a impressão de serem estratificados. Por isso, eles
costumam ser denominados pseudo-estratificados.
Quanto
à forma das células, os epitélios podem ser classificados em:
- Pavimentosos, quando as células são
achatadas como ladrilhos;
- Cúbicos, quando as células tem forma
de cubo, ou
- Prismáticos, quando as células são
alongadas , em forma de coluna.
No
epitélio que reveste a bexiga, a forma das células é originalmente cúbica, mas
elas se tornam achatadas quando submetidas ao estiramento causado pela
dilatação do órgão. Por isso, esse tipo de epitélio é de denominado, por alguns
autores, epitélio de transição.
Os
tecidos epiteliais, também chamados epitélios, são classificados em dois tipos
principais: epitélios de revestimento e epitélios glandulares.
Epitélios de revestimento
Funciona como uma
membrana que isola o organismo, ou parte dele, do meio externo. Está
relacionado ao revestimento e proteção de superfícies externas (por exemplo, na
pele) e internas (por exemplo, no estômago). Atua, também, na absorção de
substâncias, na secreção de diversos produtos, na remoção de impurezas e pode
conter vários tipos de receptores sensoriais (notadamente na pele).
Pele:
Órgão de contato
Nos vertebrados, a pele
é importante órgão de contato com o meio. A conquista do ambiente terrestre
pelos vertebrados tornou-se possível, entre outras coisas, a partir do
isolamento e proteção do corpo e de mecanismos de relação do ser vivo com o
meio. O tato, a visão, a olfação, a gustação e a audição são úteis no
relacionamento do animal com o ambiente. A pele, órgão responsável pelas
sensações táteis, apresenta diferentes tipos de “sensores”, que registram e
informam ao ser vivo variações de temperatura (calor ou frio) e pressão
(toques, choques, pancadas). A pele é, ainda, importante órgão de defesa contra
diversos tipos de agentes infecciosos.
Tecido
Epitelial de Revestimento Pluriestratificado Pavimentoso Queratinizado. Microscopia óptica. (E)
Epiderme, (D) Derme, (SC) Células queratinizadas e cera.
Considerando
o corpo inteiro, a pele de uma pessoa chega a pesar 5 Kg e tem uma área total
de 18 m2. É, portanto o maior órgão do nosso corpo.
A
histologia da pele
Nos mamíferos, a pele é
órgão composto por duas camadas: epiderme e derme.
A epiderme é um tecido
epitelial pluriestratificado. É formada por estratos (ou camadas), dos quais
destacam-se o estrato basal (também chamado de estrato germinativo), que fica
apoiado na derme e é formado por células de aspecto cúbico. Nessa camada é
intensa a atividade de divisão celular mitótica, que repõe constantemente as
células perdidas no desgaste diário a que a superfície desse tecido está
sujeito. À medida que novas células são formadas, elas vão sendo “empurradas”
para formar as demais células, até ficarem expostas na superfície da pele.
A derme é uma camada formada por tecido
conjuntivo do tipo denso, cujas fibras ficam orientadas em diversas direções.
Vários tipos de células são encontrados, destacando-se os fibroblastos e os
macrófagos. Nervos, terminações nervosas, diferentes tipos de corpúsculos
sensoriais e uma ampla rede de capilares sangüíneos cruzam a derme em várias
direções. Ela é um importante tecido de manutenção e de apoio. Os nutrientes
existentes no sangue difundem-se para as células epidérmicas.
Nos mamíferos, a derme
é atravessada por finas faixas de células musculares, os músculos eretores dos
pêlos, cuja contração é involuntária e permite aumentar a camada de ar retirada
entre os pêlos, que contribui para o isolamento térmico. Mecanismo semelhante ocorre
nas aves, com as penas.
Abaixo da derme, há uma
camada de tecido conjuntivo frouxo, o tecido celular subcutâneo (também
conhecido como tela subcutânea e hipoderme), que não faz parte da pele, mas
estabelece a sua ligação com as estruturas adjacentes, permitindo o seu
deslizamento. Em determinadas regiões do corpo, a hipoderme contém um número
variável de camadas de células adiposas, formando o panículo adiposo (o popular
“toucinho de porco”), importante como reserva de energia, isolante térmico e facilitador
da flutuação na água.
Sensores
da pele
Diversos
tipos de estruturas sensoriais conferem à pele a função de relacionamento com o
meio ambiente. Distribuído por toda a pele, são basicamente dendritos
de neurônios sensoriais (terminações
nervosas livres), sendo que alguns são envoltos por uma cápsula de células
conjuntivas ou epiteliais e, por isso, esses receptores são capsulados.
Anexos da Pele
Três
estruturas da pele, derivadas da epiderme, são extremamente importantes na
adaptação dos mamíferos ao meio terrestre: pêlos,
que auxiliam no isolamento térmico; glândulas sudoríparas, que desempenham o
papel importante na regulação da temperatura corpórea; e glândulas sebáceas,
que lubrificam a pele e estruturas anexas.
A
pele é um tipo de tecido epitelial chamado epitélio de revestimento. Os tecidos
epiteliais de revestimento são também encontrados revestindo as cavidades
corporais internas dos animais.
Epitélio de revestimento
intestinal
O
tecido que reveste internamente o intestino delgado é um bom exemplo de
epitélio especializado em absorver nutrientes e permitir que eles passem da
cavidade intestinal para o sangue. A alta capacidade de absorção do epitélio
intestinal se deve ao fato de suas células possuírem, na membrana a borda livre
(isto é, a borda voltada para a cavidade intestinal), muitas projeções finas e
alongadas, que lembrem dedos de uma luva, chamadas microvilosidades.
Cálculos
da área de membrana que constitui as microvilosidades mostram que elas aumentam
quinhentas vezes a área superficial de cada célula, em comparação com a área de
células que têm a borda lisa. O mesmo tipo de cálculo nos leva a concluir que o
intestino delgado humano apresenta uma superfície de absorção de mais de 300 m2,
equivalente à área de uma quadra de esportes de 20 m de comprimento por 15 m de
lado.
A renovação das células
epiteliais
A mitose é um processo freqüente nas células
epiteliais, as quais têm vida curta e precisam ser constantemente renovadas. A
velocidade dessa renovação varia de epitélio para epitélio. As células que se
renovam mais rapidamente são do epitélio intestinal: num prazo de 2 a 5 dias
são substituídas por células novas. As que se renovam mais lentamente são as
células do pâncreas que demoram 50 dias para serem substituídas.
Na
pele, a renovação da epiderme ocorre em média a cada 30 dias. No couro
cabeludo, pode ocorrer uma disfunção em que a descamação de parte da epiderme
acontece a cada 3 ou 4 dias, formando as caspas.
Especialização das células epiteliais
As células dos tecidos
epiteliais mantêm-se aderidas umas às outras por meio de estruturas
especializadas, genericamente chamadas junções celulares.
Desmossomos
Uma das mais
importantes junções celulares é o desmossomo (do grego desmos, ligação, e somatos, corpo). Um desmossomo
pode ser comparado a um botão de pressão constituído por duas metades que se
encaixam, estando uma metade localizada na membrana de uma das células e a
outra na célula vizinha.
Em cada célula existe
uma placa circular de proteína, situada bem junto à membrana. Das placas partem
substâncias colantes, chamadas desmogleínas, que atravessam as membranas e
grudam as células na região de contato. As placas também estão ligadas a um
grande número de filamentos constituídos da proteína queratina.
Microscopia eletrônica da célula mostrando a
placa circular
Zona de oclusão
Outro
tipo de junção celular presente em muitos epitélios é a zona de oclusão, uma
espécie de cinturão adesivo situado junto a borda livre das células epiteliais.
A zona de oclusão mantém as células vizinhas tão encostadas que impede a
passagem de moléculas entre elas. Assim, substâncias eventualmente presentes em
uma cavidade revestida por tecido epitelial não podem penetrar no corpo, a não
ser atravessando diretamente as células.
Lâmina basal e
hemidesmossomos
Sob
um tecido epitelial há sempre uma espécie de tapete de moléculas de proteínas
ao qual as células se ligam: a lâmina basal. As bases das células epiteliais
ficam aderidas a lâmina basal por meio de estruturas celulares especiais,
denominadas hemidesmossomos. Estes lembram desmossomos, mas possuem estrutura e
função diferentes, conectando as bases das células epiteliais à lamina basal,
em vez de ligarem as membranas de células vizinhas, como fazem os desmossomos.
Junções gap ou
comunicantes
Conhecidas
também por nexos, junção em hiato ou gap junction, são partículas cilíndricas
que fazem com que as células entrem em contato umas com as outras, para que
funcionem de modo coordenado e harmônico. Esses canais permitem o movimento de
moléculas e íons, diretamente do citosol de uma célula para outra.
Interdigitações: aumento
da superfície de contato
É
comum observar-se a ocorrência de pregueamento entre as membranas plasmáticas
de duas células adjacentes. Esses pregueamentos, conhecidos como
interdigitações (à maneira dos dedos das mão colocadas uns entre os outros),
ampliam a superfície de contato entre as células e facilitam a passagem de
substâncias de uma para a outra.
A transformação dos
epitélios
Assim
como outros tecidos, os epitélios podem sofrer metaplasia, que é a substituição
patológica de um tipo de tecido por outro. No caso de fumantes crônicos, por
exemplo, o epitélio pseudo-estratificado ciliado da traquéia e dos brônquios
pode se transformar em pavimentoso pela ação irritante nos elementos presentes
na composição do cigarro. Essa transformação altera a função desses órgãos,
trazendo prejuízos à saúde.
Tecido
conjuntivo
Os tecidos conjuntivos
tem origem mesodérmica. Caracterizam-se morfologicamente por apresentarem
diversos tipos de células imersas em grande quantidade de material
extracelular, substância amorfa ou matriz, que é sintetizado pelas próprias
células do tecido.
A matriz é uma massa
amorfa, de aspecto gelatinoso e transparente. É constituída principalmente por
água e glicoproteínas e uma parte fibrosa, de natureza protéica, as fibras do conjuntivo.
As células conjuntivas
são de diversos tipos. As principais são:
Célula
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Função
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Fibroblasto
Célula metabolicamente ativa, contendo longos
e finos prolongamentos citoplasmáticos. Sintetiza o colágeno e as substãncias
da matriz (substância intercelular).
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Macrófago
Célula ovóide, podendo conter longos
prolongamentos citoplasmáticos e inúmeros lisossomos. Responsável pela
fagocitose e pinocitose de pertículas estranhas ou não ao organismo. Remove
restos celulares e promove o primeiro combate aos microrganismos invasores do
nosso organismo. Ativo no processo de involução fisiológica de alguns órgãos
ou estrutura. É o caso do útero que, após o parto, sofre uma redução de
volume.
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Mastócito
Célula globosa, grande, sem prolongamentos e
repleta de grânulos que dificultam, pela sua quantidade, a visualização do
núcleo. Os grânulos são constituídos de heparina (substãncia anticoagulante)
e histamina (substãncia envolvida nos processos de alergia). Esta última
substãncia é liberada em ocasiões de penetração de certos antígenos no
organismo e seu contato com os mastócitos, desencadeando a conseqüênte reação
alérgica.
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Plasmócito
Célula ovóide, rica em retículo
endoplasmático rugoso (ou granular). Pouco numeroso no conjunto normal, mas
abundante em locais sujeitos à penetração de bactérias, como intestino, pele
e locais em que existem infecções crônicas. Produtor de todos os anticorpos
no combate a microorganismos. É originado no tecido conjuntivo a partir da
diferenciação de células conhecidas como linfócitos B.
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Os diferentes tipos de
tecido conjuntivo estão amplamente distribuídos pelo corpo, podendo desempenhar
funções de preenchimento de espaços entre órgãos, função de sustentação, função
de defesa e função de nutrição.
A classificação desses
tecidos baseia-se na composição de suas células e na proporção relativa entre
os elementos da matriz extracelular. Os principais tipos de tecidos conjuntivos
são: frouxo, denso, adiposo, reticular ou
hematopoiético, cartilaginoso e ósseo.
Tecido conjuntivo frouxo
O tecido conjuntivo
frouxo preenche espaços não-ocupados por outros tecidos, apóia e nutre células
epiteliais, envolve nervos, músculos e vasos sanguíneos linfáticos. Além disso,
faz parte da estrutura de muitos órgãos e desempenha importante papel em
processos de cicatrização.
É o tecido de maior
distribuição no corpo humano. Sua substância fundamental é viscosa e muito
hidratada. Essa viscosidade representa, de certa forma, uma barreira contra a
penetração de elementos estranhos no tecido. É constituído por três componentes
principais: células de vários tipos, três tipos
de fibras e matriz.
Tipos
de fibras
As fibras presentes no
tecido conjuntivo frouxo são de três tipos: colágenas,
elásticas e reticulares.
As fibras colágenas são constituídas de
colágeno, talvez a proteína mais abundante no reino animal. São grossas e
resistentes, distendendo-se pouco quando tensionadas. As fibras colágenas
presentes na derme conferem resistência a nossa pele, evitando que ela se
rasgue, quando esticada.
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As fibras elásticas são longos fios de
uma proteína chamada elastina. Elas conferem elasticidade ao tecido
conjuntivo frouxo, completando a resistência das fibras colágenas. Quando
você puxa e solta à pele da parte de cima da mão, são as fibras elásticas que
rapidamente devolvem à pele sua forma original. A perda da elasticidade da
pele, que ocorre com o envelhecimento, deve-se ao fato de as fibras colágenas
irem, com a idade, se unindo umas às outras, tornando o tecido conjuntivo
mais rígido.
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As fibras reticulares são ramificadas e formam um trançado firme que liga o tecido
conjuntivo aos tecidos vizinhos.
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Tipos
de células
O
tecido conjuntivo frouxo contém dois principais de células: fibroblastos e macrófagos.
Os fibroblastos têm forma estrelada núcleo grande. São eles que fabricam e
secretam as proteínas que constituem as fibras e a substância amorfa.
Os macrófagos são grandes e amebóides, deslocando-se continuamente entre as
fibras à procura de bactérias e restos de células. Sua função é limpar o
tecido, fagocitando agentes infecciosos que penetram no corpo e, também, restos
de células mortas. Os macrófagos, alem disso identificam substâncias
potencialmente perigosas ao organismo, alertando o sistema de defesa do corpo.
Outros
tipos celulares presentes no tecido conjuntivo frouxo são as células
mesenquimatosas e
osplasmócitos. As
células mesenquimatosas são dotadas de alta capacidade de multiplicação e
permitem a regeneração do tecido conjuntivo, pois dão origem a qualquer tipo de
célula nele presente. Os plasmócitos são células especializadas em produzir os
anticorpos que combatem substâncias estranhas que penetram no tecido.
Tecido conjuntivo denso
No
tecido conjuntivo denso há predomínio de fibroblastos e fibras colágenas.
Dependendo
do modo de organização dessas fibras, esse tecido pode ser classificado em:
- não modelado: formado por fibras colágenas
entrelaçadas, dispostas em feixes que não apresentam orientação fixa, o
que confere resistência e elasticidade. Esse tecido forma as cápsulas
envoltórias de diversos órgãos internos, e forma também um a derme, tecido
conjuntivo da pele;
- modelado: formado por fibras colágenas
dispostas em feixes com orientação fixa, dando ao tecido características
de maior resistência à tensão do que a dos tecidos não-modelados e frouxo;
ocorre nos tendões, que ligam os músculos aos ossos, e nos ligamentos, que
ligam os ossos entre si.
Tecido conjuntivo
adiposo
Nesse tecido a
substância intracelular é reduzida, e as células, ricas em lipídios, são
denominadas células adiposas. Ocorre principalmente sob a pele, exercendo
funções de reserva de energia, proteção contra choques mecânicos e isolamento
térmico. Ocorre também ao redor de alguns órgãos como os rins e o coração.
As células adiposas
possuem um grande vacúolo central de gordura, que aumenta ou diminui,
dependendo do metabolismo: se uma pessoa come pouco ou gasta muita energia, a
gordura das células adiposas diminui; caso contrário, ela se acumula. O tecido
adiposo atua como reserva de energia para momentos de necessidade.
Tecido conjuntivo
cartilaginoso
O
tecido cartilaginoso, ou simplesmente cartilagem, apresentam consistência
firme, mas não é rígido como o tecido ósseo. Tem função de sustentação, reveste
superfícies articulares facilitando os movimentos e é fundamental para o
crescimento dos ossos longos.
Nas
cartilagens não há nervos nem vasos sanguíneos. A nutrição das células desse
tecido é realizada por meio dos vasos sanguíneos do tecido conjuntivo
adjacente.
A
cartilagem é encontrada no nariz, nos anéis da traquéia e dos brônquios, na
orelha externa (pavilhão auditivo), na epiglote e em algumas partes da laringe.
Além disso, existem discos cartilaginosos entre as vértebras, que amortecem o
impacto dos movimentos sobre a coluna vertebral. No feto, o tecido
cartilaginoso é muito abundante, pois o esqueleto é inicialmente formado por
esse tecido, que depois é em grande parte substituído pelo tecido ósseo.
O
tecido cartilaginoso forma o esqueleto de alguns animais vertebrados, como os
cações, tubarões e raias, que são, por isso, chamados de peixes cartilaginosos.
Há
dois tipos de células nas cartilagens: os condroblastos (do grego chondros, cartilagem, e blastos,
“célula jovem”), que produzem as fibras colágenas e a matriz, com consistência
de borracha. Após a formação da cartilagem, a atividade dos condroblastos
diminui e eles sofrem uma pequena retração de volume, quando passam a ser
chamados de condrócitos (do grego chondros, cartilagem, e kytos,
célula). Cada condrócito fica encerrado no interior de uma lacuna ligeiramente
maior do que ele, moldada durante a deposição da matriz intercelular.
As
fibras presentes nesse tecido são as colágenas e as reticulares.
Legenda:
1.
Condroblasto
2.
Condrócito
3.
Grupo Isógeno
4.
Matriz Cartilaginosa
Tecido conjuntivo
sanguíneo
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O sangue
(originado pelo tecido hemocitopoiético) é um tecido altamente especializado,
formado por alguns tipos de células, que compõem a parte figurada, dispersas
num meio líquido – o plasma -, que corresponde à parte amorfa. Os
constituintes celulares são: glóbulos vermelhos (também denominados hemácias
ou eritrócitos); glóbulos brancos (também chamados de leucócitos).
O plasma é
composto principalmente de água com diversas substâncias dissolvidas, que são
transportadas através dos vasos do corpo.
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Todas
as células do sangue são originadas na medula óssea vermelha a partir das
células indiferenciadas pluripotentes (células-tronco). Como consequência do
processo de diferenciação celular, as células-filhas indiferenciadas assumem
formas e funções especializadas.
Plaquetas
Plaquetas
são restos celulares originados da fragmentação de células gigantes da medula
óssea, conhecidas como megacariócitos. Possuem substâncias ativas no processo
de coagulação sanguínea, sendo, por isso, também conhecidas como trombócitos
(do grego, thrombos = coágulo), que impedem a ocorrência de hemorragias.
Glóbulos vermelhos
Glóbulos
vermelhos, hemácias ou eritrócitos (do grego, eruthrós = vermelho, e kútos = célula) são anucleados, possuem
aspecto de disco bicôncavo e diâmetro de cerca de 7,2 m m. São ricos em
hemoglobina, a proteína responsável pelo transporte de oxigênio, a importante
função desempenhada pelas hemácias.
Glóbulos brancos
Glóbulos
brancos, também chamados de leucócitos (do grego, leukós = branco), são células
sanguíneas envolvidas com a defesa do organismo.
Essa
atividade pode ser exercida por fagocitose ou por meio da produção de proteínas
de defesa, os anticorpos.
Costuma-se
classificar os glóbulos brancos de acordo com a presença ou ausência, em seu
citoplasma, de grânulos específicos, e agranulócitos, os que não contêm
granulações específicas, comuns a qualquer célula.
Glóbulos Brancos
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Características
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Função
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G
R A N U L Ó C I T O S |
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Célula com diâmetro entre 10 e 14 mm; nucleo
pouco volumoso, contendo 2 a 5 lóbulos, ligados por pontes cromatínicas.
Cerca de 55% a 65% dos glóbulos brancos.
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Atuam ativamente na fagocitose de microorganismos invasores, a
partir da emissão de pseudópodes. Constituem e primeira linha de defesa do
sangue.
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Célula com diâmetro entre 10 e 14 mm, núcleo contendo
dois lóbulos. Cerca de 2% a 3% do total de leucócitos.
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Células fagocitárias. Atuação em doênças alérgicas. Abundantes
na defesa contra diversos parasitas.
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A
G R A N U L Ó C I T O S |
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Célula com diâmetro que varia entre 10 e 14 mm. Núcleo
volumoso com forma de S. Cerca de 0,5 % do total dos glóbulos brancos.
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Acredita-se que atuem em processos alérgicos, a exemplo dos
mastócitos.
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Célula com diâmetro que varia entre 8 a 10 mm. Dois
tipos básicos: B e T. Núcleo esférico. Cerca de 25% a 35% do total de
leucócitos.
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Responsáveis
pela defesa imunitária do organismo. Linfócitos B diferenciam-se em
plasmócitos, as células produtoras de anticorpos.
Linfócitos
T amadurecem no timo, uma glândula localizada no tórax.
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Célula com diâmetro entre 15 e 20 mm. Núcleo
em forma de ferradura. Cerca de 10 % do total dos glóbulos brancos.
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Acredita-se que atravessem as paredes dos capilares sanguíneos
e, nos tecidos, diferenciam-se em macrófagos ou osteoclastos, células
especializadas em fagocitose.
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Tecido conjuntivo
ósseo
O tecido ósseo tem a função de sustentação e
ocorre nos ossos do esqueleto dos vertebrados. É um tecido rígido graças à
presença de matriz rica em sais de cálcio,
fósforo e magnésio. Além desses elementos, a matriz é
rica em fibras colágenas, que fornecem certa flexibilidade ao osso.
Os ossos são órgãos ricos em vasos
sanguíneos. Além do tecido ósseo, apresentam outros tipos de tecido:
reticular, adiposo, nervoso e cartilaginoso.
Por serem um estrutura
inervada e irrigada, os ossos apresentam sensibilidade, alto metabolismo e
capacidade de regeneração.
Quando um osso é serrado, percebe-se que ele
é formado por duas partes: uma sem cavidades, chamada osso compacto, e outra com muitas
cavidades que se comunicam, chamada osso
esponjoso.
Essa classificação é de ordem macroscópica,
pois quando essas partes são observadas no microscópio nota-se que ambas são
formadas pela mesma estrutura histológica. A estrutura microscópica de um
osso consiste de inúmeras unidades, chamadas sistemas de Havers. Cada sistema apresenta camadas
concêntricas de matriz mineralizada, depositadas ao redor de um canal central
onde existem vasos sanguíneos e nervos que servem o osso.
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Os canais de Havers comunicam-se entre si, com a cavidade
medular e com a superfície externa do osso por meio de canais transversais ou
oblíquos, chamados canais perfurantes (canais de Volkmann). O interior dos
ossos é preenchido pela medula óssea, que pode ser de dois tipos: amarela,
constituída por tecido adiposo, e vermelha, formadora de células do sangue.
Tipos de células do
osso
As
células ósseas ficam localizadas em pequenas cavidades existentes nas camadas
concêntricas de matriz mineralizada.
Quando
jovens, elas são chamadas osteoblastos(do grego osteon,
osso, e blastos, “célula jovem”) e apresentam
longas projeções citoplasmáticas, que tocam os osteoblastos vizinhos. Ao
secretarem a matriz intercelular ao seu redor, os osteoblastos ficam presos
dentro de pequenas câmeras, das quais partem canais que contêm as projeções
citoplasmáticas.
Quando a
célula óssea se torna madura, transforma-se em osteócito (do
grego osteon, osso, e kyton,
célula), e seus prolongamentos citoplasmáticos se retraem, de forma que ela
passa a ocupar apenas a lacuna central. Os canalículos onde ficavam os
prolongamentos servem de comunicação entre uma lacuna e outra, e é através
deles que as substâncias nutritivas e o gás oxigênio provenientes do sangue
até as células ósseas.
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Além
dos osteoblastos e dos osteócitos, existem outras células importantes no tecido
ósseo: os osteoclástos (do grego klastos, quebrar, destruir). Essas células são
especialmente ativas na destruição de áreas lesadas ou envelhecidas do osso,
abrindo caminho para a regeneração do tecido pelos osteoblastos. Os cientistas acreditam
que os ossos estejam em contínua remodelação, pela atividade conjunta de
destruição e reconstrução empreendidas, respectivamente, pelos osteoclastos e
osteoblastos. Você encontrará mais informações sobre os osteoclastos no texto
sobre remodelação óssea.
Tecidos musculares
Os
tecidos musculares são de origem mesodérmica e relacionam-se com a locomoção e
outros movimentos do corpo, como a contração dos órgãos do tubo digestório, do
coração e das artérias.
As
células dos tecidos musculares são alongadas e recebem o nome de fibras
musculares ou miócitos. Em seu citoplasma, são ricas em dois
tipos de filamento protéico: os de actina e os de miosina, responsáveis pela
grande capacidade de contração e distensão dessas células.
Quando
um músculo é estimulado a se contrair, os filamentos de actina deslizam entre
os filamentos de miosina. A célula diminui em tamanho, caracterizando a
contração.
Tipos de tecido muscular
Há três tipos de tecido muscular: estriado esquelético, estriado cardíaco e liso. Cada um deles tem
características próprias, adequadas ao papel que desempenham no organismo.
Tecido muscular estriado
esquelético
O
tecido muscular estriado esquelético constitui a maior parte da musculatura do corpo dos
vertebrados, formando o que se chama popularmente de carne.
Essa musculatura recobre totalmente o esqueleto e está presa aos ossos, daí ser
chamada de esquelética. Esse tipo de tecido apresentacontração voluntária (que depende da vontade do indivíduo).
Um
músculo esquelético é um pacote de longas fibras. Cada uma delas é uma célula
dotada de muitos núcleos, chamado miócitos multinucleados. Um fibra muscular
pode medir vários centímetros de comprimento, por 50 mm de
espessura.
A
célula muscular estriada apresenta, no seu citoplasma, pacotes de finíssimas
fibras contráteis, asmiofibrilas,
dispostas longitudinalmente. Cada miofibrila corresponde a um conjunto de dois
tipos principais de proteínas: as miosina, espessas, e as actinas, finas. Esses
proteínas estão organizados de tal modo que originam bandas transversais,
claras e escuras, características das células musculares estriadas, tanto as
esqueléticas como as cardíacas.
Os
filamentos de miosina formam bandas escuras, chamadas anisotrópicas (banda A), e os de actina,
bandas claras, chamadas isotrópicas (banda I).
No
centro de cada banda I aparece uma linha mais escura, chamada linha Z. O intervalo entre
duas linhas Z consecutivas constitui um miômetro ou sarcômero e correspondem à
unidade contrátil da célula muscular.
No
centro de cada banda A existe uma faixa mais clara, chamada banda
H, bem visível nas células musculares relaxadas e que vai
desaparecendo à medida que a contração muscular ocorre.
Na
contração muscular, os miofilamentos não diminuem de tamanho, mas os sarcômeros
ficam mais curtos e toda a célula muscular se contrai.
O
encurtamento dos sarcômeros ocorre em função do deslizamento dos miofilamentos
finos sobre os grosso, havendo maior sobreposição entre eles: a banda I diminui
de tamanho, pois os filamentos de actina deslizam sobre os de miosina, penetram
na banda A e reduzem a largura da banda H.
A
membrana plasmática da célula muscular estriada esquelética costuma ser chamada sarcolema (do grego, sarcos, carne).
Hormônios.
Hormônios
Substância produzida pelos animais e vegetais para regular
processos corporais, tais como o crescimento, o metabolismo, a reprodução e o
funcionamento dos diversos órgãos, nos animais, os hormônios são segregados
pelas glândulas endócrinas diretamente no sangue
Há um equilíbrio dinâmico entre os diferentes hormônios, que
produzem seus efeitos em concentrações muito pequenas. Sua distribuição pela
corrente sanguínea é mais lenta do que uma reação nervosa, mas mantém-se por um
período mais prolongado. Os órgãos principais envolvidos na produção de
hormônios são o hipotálamo, a hipófise, a tireóide, a glândula supra-renal, o
pâncreas, a paratireóide, as gônadas, a placenta (ver Aparelho reprodutor) e,
em certos casos, a mucosa do intestino delgado.
A hipófise segrega, entre outros, a
prolactina, o hormônio estimulante dos melanócitos e a oxicitocina. O hormônio
produzido pela tireóide estimula o metabolismo geral e o secretado pela
paratireóide controla a concentração de cálcio e fósforo no sangue. O pâncreas
segrega pelo menos dois hormônios, a insulina e o glucagon, que regulam o
metabolismo dos carboidratos. As glândulas supra-renais contêm hormônios que
controlam a concentração de sais e de água nos líquidos corporais e outros que
afetam os caracteres sexuais secundários. Produzem ainda adrenalina. As gônadas
secretam hormônios que controlam o desenvolvimento sexual e os diversos
processos implicados na reprodução (ver Androgênio, Testosterona; Estrogênio;
Progesterona; Gonadotrofina). A membrana mucosa do intestino delgado produz um
grupo especial de hormônios em uma fase da digestão.
A deficiência ou excesso de qualquer hormônio altera o equilíbrio
químico, essencial à saúde, ao crescimento normal e, em casos extremos, à vida.
Ver Doença de Addison, Cretinismo, Diabetes melito, Gigantismo, Bócio,
Mixedema.
1. INTRODUÇÃO
Hipófise, glândula endócrina principal dos vertebrados. Os
hormônios que segrega controlam o funcionamento de quase todas as demais
glândulas endócrinas do organismo. Ver Sistema endócrino; Hormônios.
Conta com dois lóbulos — o anterior ou adeno-hipófise e o
posterior ou neuro-hipófise — com estruturas e funções diferentes. A área
situada entre os dois chama-se lóbulo intermediário, que é desenvolvida apenas
nos seres humanos.
2. LÓBULO ANTERIOR
Contém grandes quantidades de hormônios que controlam de dez a
doze funções do corpo. O hormônio do crescimento (GH) é essencial para o
desenvolvimento do esqueleto. O hormônio estimulante da tireóide (TSH) controla
o funcionamento normal desta glâdula e o hormônio adrenocorticotrófico (ACTH)
controla a atividade do córtex supra-renal. A prolactina inicia a secreção
mamária durante a lactação. O folículo-estimulante (FSH) induz a formação do
folículo de De Graaf na mulher e o desenvolvimento dos espermatozóides no
homem, e o hormônio luteinizante (LH) induz a lactação e a produção de
testosterona.
3. LÓBULO INTERMEDIÁRIO
Nos vertebrados inferiores, segrega o hormônio estimulante dos
melanócitos, causando mudanças na cor da pele.
4. LÓBULO POSTERIOR
No lóbulo posterior, segregam-se dois hormônios: o hormônio
antidiurético (ADH) ou vasopressina, que controla a quantidade de urina
excretada, e a oxitocina, que provoca a contração das fibras do músculo liso do
útero, intestinos e arteríolas.
5. DISTÚRBIOS HIPOFISÁRIOS
O funcionamento da hipófise é alterado por fatores diversos,
como tumores, coágulos de sangue e infecções. O nanismo é provocado por uma
redução na secreção do lóbulo anterior da hipófise.
A superprodução de somatotropina causa a acromegalia. As
deficiências do lóbulo posterior ocasionam a diabetes insípida.
A hipófise, chamada a maestra das glândulas endócrinas, segrega
hormônios que controlam a atividade de outras glândulas endócrinas e regulam
vários processos biológicos. Suas secreções incluem o hormônio do crescimento
(que estimula a atividade celular nos ossos, cartilagem e outros tecidos
estruturais); o hormônio estimulante da tireóide (que faz com que a tireóide
libere hormônios reguladores do metabolismo); o hormônio antidiurético (que
induz o rim a excretar menos água na urina); os hormônios estimulantes das
gônadas e a prolactina (que estimula a produção do leite e o desenvolvimento
das mamas nas fêmeas). A hipófise é regulada, tanto de forma neuronal como
hormonal, pelo hipotálamo, situado no cérebro.
Cretinismo, doença provocada pela ausência congênita de
tiroxina, hormônio secretado pela glândula tireóide. Caracteriza-se pelo
retardo físico e mental, estatura baixa, extremidades deformadas, feições
grosseiras e pêlo escasso e áspero. Muitos países fazem, como rotina, o
diagnóstico precoce em todos os recém-nascidos. O cretinismo endêmico ocorre em
áreas onde existe um déficit de sal iodado na água. O iodo é um componente
essencial para a síntese de tiroxina.
Tireóide, glândula endócrina encontrada em quase todos os
vertebrados e localizada na parte anterior e em cada lado da traquéia (ver
Sistema endócrino). Segrega um hormônio que controla o metabolismo e o
crescimento. Acumula cerca de 25% do total de iodo do organismo.
A glândula tireóide humana é um órgão de cor entre castanho e
vermelho claro, com dois lóbulos ligados por um istmo. Os dois hormônios
tireoidianos são tiroxina e triiodotironina.
Glândula supra-renal, órgão vital situado sobre a extremidade
superior de cada rim nos seres humanos. As duas partes da glândula — a porção
interna ou medula e a externa ou córtex — são órgãos endócrinos independentes.
A medula secreta o hormônio adrenalina e o córtex segrega a
hidrocortisona e a corticosterona, que regulam o metabolismo das proteínas,
carboidratos e gorduras.
Pâncreas, glândula sólida localizada transversalmente sobre a
parede posterior do abdome. Produz uma secreção exócrina e uma endócrina. A
primeira é composta por um conjunto de enzimas, liberadas no intestino para
ajudar a digestão, a segunda é a insulina. Quando esta não é produzida em
quantidades suficientes, dá origem a uma diabetes.
Androgênio, termo que engloba os hormônios sexuais masculinos,
substâncias que induzem e mantêm as características sexuais secundárias nos
homens. Os principais androgênios são a testosterona e a androsterona.
Encontrados nos testículos e nas glândulas supra-renais, aonde são produzidos,
circulam no sangue e são excretados na urina. Com a produção iniciada na
puberdade, a função principal dos androgênios é tanto a estimulação das
características sexuais secundárias, como o desenvolvimento dos órgãos genitais
(Ver Aparelho reprodutor), o amadurecimento do esperma, o crescimento dos pelos
corporais e as mudanças na laringe que tornam a voz mais grave. Durante o
desenvolvimento masculino, intervêm no aumento da massa muscular e de tecido
ósseo. Para os hormônios sexuais femininos relacionados.
Testosterona, principal hormônio masculino ou androgênio; é
produzido nos testículos por influência do hormônio luteinizante segregado pela
hipófise.
A testosterona estimula a formação de espermatozóides e o
surgimento dos caracteres sexuais secundários masculinos depois da puberdade.
Estrogênio, grupo de hormônios esteróides envolvidos no
desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários da mulher, na regulação do
ciclo menstrual e da ovulação e na gravidez. Também recebe o nome de estrógeno.
Nas mulheres, são sintetizados nos ovários, na placenta (durante
a gestação) e na glândula supra-renal. Na puberdade, o desenvolvimento dos
caracteres sexuais secundários femininos deve-se, em parte, à ausência de
testosterona, mas também é causado pela produção de pequenas quantidades de
estrógenos.
Durante o ciclo menstrual, a variação dos níveis de estrógenos
influi no desenvolvimento, a cada mês, do óvulo no ovário, no controle da
ovulação e na proliferação do revestimento uterino (endométrio), que precede ao
sangramento mensal (veja Menstruação). O estrógeno controla ainda a quantidade
de muco segregada pelas glândulas cervicais que existem no colo do útero ou
cérvix. Durante a gravidez, o estrógeno é responsável pelo crescimento do útero
e do trato genital inferior e pelo desenvolvimento do sistema de ductos (que
produzem o leite) nas mamas.
CONTRACEPTIVOS ORAIS
Há dois tipos principais de contraceptivos orais, que alteram o
equilíbrio dos hormônios que agem sobre o aparelho reprodutor humano: a pílula
combinada, que contém estrógenos e progesterona, evita a ovulação, e a pílula
que contém apenas progesterona, que altera o muco vaginal e o endométrio, com o
objetivo de impedir a fecundação ou a implantação (veja Controle da
natalidade).
Progesterona, hormônio produzido pelas células do corpo lúteo do
ovário. Sua função principal é a preparação da membrana mucosa do útero para a
recepção do óvulo. Estimula ainda a produção de leite durante o aleitamento.
Gonadotrofina, um dos hormônios envolvidos no funcionamento do
aparelho reprodutor. A hipófise segrega o hormônio estimulante do folículo e o
hormônio luteinizante. A gonadotrofina coriônica é produzida pela placenta e
mantém as condições adequadas para que o feto se desenvolva dentro do útero.
Veja mais:
1.Os hormônios são substâncias químicas produzidas por glândulas
endócrinas ou mistas (exócrinas e endócrinas) que são lançadas na corrente
sanguínea e vão atuar em determinadas células, as células alvo.
2.São glândulas do sistema endócrino: a hipófise, a tireóide, a
paratireóide, as supra-rernais ou adrenais, o pâncreas, os testículos e os
ovários.
3.Feed-back ou retroalimentação são atuações dos hormônios sobre
células alvo, produtoras de hormônios, que, dependendo do incentivo para a
liberação de seus hormônios, passam a controlar o local de origem dos
estímulos.
4.A Hipófise, localiza-se na base do crânio, em uma depressão do
osso esfenóide, denominada sela túrsica. Apresenta duas regiões distintas: a
adeno-hipófise e a neuro-hipófise. A adeno-hipófise é a parte secretora da
hipófise e a neuro-hipófise a parte nervosa.
5.Os principais hormônios produzidos na adeno-hipófise são:
S.T.H. - Hormônio do crescimento ou somatrotófico – é o hormônio que promove o
crescimento dos ossos, músculos e cartilagens. Prolactina - estimula a produção
do leite. Hormônio tireotrófico (TSH) - estimula a hipófise a produzir seus
hormônios (T3 e T4). Hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) - estimula o córtex
das adrenais a produzir seus hormônios. Hormônio gonadotróficos- vão estimular
as gônadas (testículos e ovários) a liberar FSH- h. folículo estimulante, LH-
h. luteinizante e o ICSH- h. estimulador das células intersticiais dos
testículos. Hormônios melanotrófico (MSH) - estimula a produção de melanina.
6.A neuro-hipófise não produz hormônios, entretanto, acumula e
libera dois hormônios produzidos no hipotálamo: Ocitocina- estimular a
musculatura lisa responsável pelas contrações do parto e a ejeção do leite
pelas glândulas mamárias. Hormônio antidiurético (ADH)- promovendo a reabsorção
da água nos túbulos dos néfrons e provocando a diabetes insípidus.
7.A glândula tireóide, localiza-se na frente da traquéia e atua
na produção dos seguintes hormônios: T3 ou triiodotironina e T4 ,
tetraiodotironina ou tiroxina. A falta de iodo na alimentação ou estímulo do
hormônio tireotrófico (TSH) da hipófise induzem uma redução na produção do T3 e
T4, denominando de hipotireoidismo. Quando existe uma super produção de T3 e
T4, através do estímulo da tireóide, denominamos de hipertireoidismo. Em ambos
os casos ocorre a formação de bócio (aumento da tireóide). Outro hormônio
produzido pela tireóide é a calcitonina. Este hormônio tem como função promover
a passagem de cálcio do sangue para o osso.
8.As paratireóides são 4 pequenas glândulas localizadas atrás da
tireóide. Produzem os paratormônios que tem como função estimular a passagem do
cálcio para o sangue. As fontes de cálcio são: alimentação, néfrons e ossos.
9.A calcitonina e os paratormônios realizam atividades
antagônicas em relação ao cálcio. Podem promover a hipercalcemia, com tendência
a calculose (formação de cálculos renais) e a osteoporose e podem provocar a
hipocalcemia com uma super mineralização óssea.
10.As adrenais ou supra-renais são glândulas localizadas acima
dos rins. No seu córtex produzem a aldosterona que atua na reabsorção de sais
de sódio e cloro; glicocorticóides que produzem glicose a partir de aminoácidos
e lipideos e androgênicos que são hormônios sexuais masculinos. Na medula, é
produzido a adrenalina e a noradrenalina que produz vários efeitos no nosso
corpo, como: taquicardia, vasoconstricção, aumento do tônus muscular, etc.
11.O pâncreas é uma glândula mista ou anfícrina, produzindo o
suco pancreático e hormônios. A produção dos hormônios está diretamente ligado
às células alfa e beta que formam as ilhotas de Langerhans. A insulina é um
hormônio produzido pelas células beta e são responsáveis pela passagem de
glicose para as células do arganismo e a formação do glicogênio no fígado e nos
músculos. O glucagon, é um hormônio que atua de forma antagônica à insulina,
permitindo a transformação do glicogênio em glicose para ser liberada no
sangue. Ambos hormônios são liberados no sangue quando os níveis de glicose
varia.
12.As gônadas são glândulas mistas ou anfícrinas e são
representadas pelos testículos e ovários. Nos testículos, nas células
intersticiais ou células de Leydig, são produzidos a testosterona que é um
hormônio masculinizante que confere as características sexuais masculinas. Nos
ovários, são produzidos o estrogênio e a progesterona. O estrogênio promove o
desenvolvimento das características sexuai0s femininas e a progesterona atua,
principalmente, no útero preparando-o para a gravidez.
O Timo é responsável pela diferenciação dos linfócitos T e
produz hormonios que estimulam outros órgãos linfáticos.
Células precursoras migram da medula óssea , através do asngue,
e vão para o Timo, onde se proliferam e diferenciam-se, onde então ganham a
circulação sanguínea, e vão se estabelecer em certas áreas de outros órgãos linfóides,
denominados secundários ou periféricos, sendo essas áreas chamadas de
timo-dependentes.
Os linfócitos T são responsáveis pelas reações imunológicas de
base celular. Eles constituem um pool, que compreende os linfócitos do sangue e
da linfa e os que fazem parte das áreas timo-dependentes.
O timo controla a produção desses linfócitos que são eliminados
de forma programada (apoptose), pois seu excesso no sangue pode causar sérios
danos, reconhecendo as próprias células do organismo como antígenos (corpos
estranhos), visto a sua função de defesa. Este excesso é denominado por
leucocitose , e seria derivado de uma hiperfunção do timo, o quadro inverso,
isto é, uma baixa quantidade de linfócitos na circulação é conhecida como
leucopenia, devido a hipofunção do timo , o que pode gerar quadros de doenças
muito sérias, visto que o sistema de defesa está prejudicado.
O timo está sujeito a influência de vários hormônios. Por
exemplo, a injeção de certos esteróides da adrenal, causa a diminuição das
mitoses, queda do nº de linfócitos, em consequencia uma atrofia acentuada da
cortical. O ACTH, da parte anterior da hipófise, tem efeito semelhante, pois
estimula a secreção dos esteróides da adrenal.
A hipertrofia esta relacionada a hiperfunção e a hipotrofia com
a hipofunção.
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