Apostila 2º ano


Células - tronco

As células-tronco estão presentes desde a vida embrionária até provavelmente a nossa morte. Trata-se de células primitivas produzidas durante o desenvolvimento do organismo e que dão origem a outros tipos de células.

São classificadas em:

Totipotentes: Formadas após a fecundação com a formação do zigoto, possuem a capacidade de dar origem a todo o individuo. Prova disso são os gêmeos univitelinos, que são formados nas primeiras divisões do zigoto, que se separa dando origem a dois indivíduos idênticos.

Pluripotentes: Formado com o desenvolvimento da embriogenese, na fase de blastocisto, possuem a capacidade de gerar qualquer outra célula.

A diferença entre célula-tronco totipotente e pluripotente está no fato da primeira (totipotente) ser capaz de originar um novo indivíduo, enquanto a segunda (pluripotente) não teria essa capacidade. Isso ocorre porque no processo de divisão celular, acontece o que chamamos de diferenciação celular, no qual a célula adquire a capacidade de se “especializar” em uma determinada função, dando origem aos diferentes tecidos.


Multipotente: Podem produzir células de várias linhagens.

Oligopotentes: Podem produzir células dentro de uma única linhagem.

Unipotentes: Produzem somente um único tipo celular maduro.

Elas são encontradas em células embrionárias e em vários locais do corpo, como medula óssea, cordão umbilical, sangue, fígado, placenta, entre outros.


Quanto ao tipo elas podem ser classificadas em adultas, embrionárias ou células-tronco pluripotentes induzidas (IPS – sigla em inglês). As embrionárias são as que possuem a capacidade de se transformar em qualquer tipo de célula adulta e por serem obtidas de embriões, estão envolvidas em grandes questões éticas e religiosas, pois muitas vezes para se obter essas células o embrião é sacrificado. Já as células-tronco adultas são encontradas principalmente no cordão umbilical e na medula óssea, elas possuem a capacidade de se dividir e gerar tanto uma célula idêntica como outra diferenciada. São multipotentes por serem menos versáteis que as embrionárias.

No caso das células-tronco pluripotentes induzidas, são produzidas em laboratório desde 2007, quando cientistas conseguiram que células da pele revertessem para o estágio de células-tronco.

              

PESQUISAS
As pesquisas com células-tronco são importantes para que possamos entender melhor o funcionamento e crescimento do organismo e como os tecidos se mantêm ao longo da vida adulta, fundamental para se compreender o que se passa com o organismo durante uma doença.
O desenvolvimento dessas células fornece aos pesquisadores ferramentas para modelar doenças, testar drogas e desenvolver terapias efetivas.
A técnica de terapia celular consiste na substituição de células doentes por células saudáveis, é um dos potenciais usos das células-tronco no combate de doenças. Em teoria, qualquer doença em que haja degeneração tecidual poderia ser tratada através dessa técnica.
Apesar dos resultados dos testes com animais serem promissores, as pesquisas com essas células e sua aplicação para o tratamento de doenças ainda se encontra em fase inicial. Como qualquer tratamento médico, é preciso assegurar métodos rigorosos de pesquisa e testes para garantir sua eficácia em longo prazo.


Tipos de Tecidos

Nos animais vertebrados há quatro grandes grupos de tecidos: o muscular, o nervoso, oconjuntivo (abrangendo também os tecidos ósseo, cartilaginoso e sanguíneo) e o epitelial, constituindo subtipos específicos que irão formar os órgãos e sistemas corporais. 

Por exemplo: O sangue é considerado um tecido conjuntivo, com diversificadas células (as hemácias, os leucócitos e as plaquetas) e o plasma (água, sais minerais e diversas proteínas).
Nos invertebrados estes tipos de tecido são basicamente os mesmos, porém com organizações mais simples. A maioria dos tecidos além de serem compostos de células, apresentam entre elas substâncias intracelulares (intersticiais).




Especificação dos tecidos básicos


Epitélio  revestimento da superfície externa do corpo (pele), os órgãos (fígado, pulmão e rins) e as cavidades corporais internas;
Conjuntivo  constituído por células e abundante matriz extracelulas, com função de preenchimento, sustentação e transporte de substâncias; 

Muscular  constituído por células com propriedades contráteis; 

Nervoso  formado por células que constituem o sistema nervoso central e periférico (o cérebro, a medula espinhal e os nervos).
Tecido epitelial

A superfície externa do corpo e as cavidades corporais internas dos animais são revestidas por este tecido. O tecido epitelial desempenha várias funções no organismo, como proteção do corpo (pele), absorção de substâncias úteis (epitélio do intestino) e percepção de sensações (pele),dependendo do órgão aonde se localizam.
Os tecidos epiteliais ou epitélios têm células perfeitamente justapostas, unidas por pequena quantidade de material cimentante, com pouquíssimo espaço intercelular. Os epitélios não são vascularizados e não sangram quando feridos. A nutrição das células se faz por difusão a partir dos capilares existentes em outro tecido, o conjuntivo, adjacente ao epitélio a ele ligado. O arranjo das células epiteliais pode ser comparado ao de ladrilhos ou tijolos bem encaixados.



Os epitélios podem ser classificados quanto ao número de células:
  • Quando os epitélios são formados por uma só camada de células, são chamados de epitélios simples ou uniestratificados (do latim uni, um, e stratum, camada).
  • Já os epitélios formados por mais de uma camada de células são chamados estratificados.
  • Existem ainda epitélios que, apesar de formados por uma única camada celular, têm células de diferentes alturas, o que dá a impressão de serem estratificados. Por isso, eles costumam ser denominados pseudo-estratificados.
Quanto à forma das células, os epitélios podem ser classificados em:
  • Pavimentosos, quando as células são achatadas como ladrilhos;
  • Cúbicos, quando as células tem forma de cubo, ou
  • Prismáticos, quando as células são alongadas , em forma de coluna.
No epitélio que reveste a bexiga, a forma das células é originalmente cúbica, mas elas se tornam achatadas quando submetidas ao estiramento causado pela dilatação do órgão. Por isso, esse tipo de epitélio é de denominado, por alguns autores, epitélio de transição.
Os tecidos epiteliais, também chamados epitélios, são classificados em dois tipos principais: epitélios de revestimento e epitélios glandulares.
Epitélios de revestimento
Funciona como uma membrana que isola o organismo, ou parte dele, do meio externo. Está relacionado ao revestimento e proteção de superfícies externas (por exemplo, na pele) e internas (por exemplo, no estômago). Atua, também, na absorção de substâncias, na secreção de diversos produtos, na remoção de impurezas e pode conter vários tipos de receptores sensoriais (notadamente na pele).
Pele: Órgão de contato
Nos vertebrados, a pele é importante órgão de contato com o meio. A conquista do ambiente terrestre pelos vertebrados tornou-se possível, entre outras coisas, a partir do isolamento e proteção do corpo e de mecanismos de relação do ser vivo com o meio. O tato, a visão, a olfação, a gustação e a audição são úteis no relacionamento do animal com o ambiente. A pele, órgão responsável pelas sensações táteis, apresenta diferentes tipos de “sensores”, que registram e informam ao ser vivo variações de temperatura (calor ou frio) e pressão (toques, choques, pancadas). A pele é, ainda, importante órgão de defesa contra diversos tipos de agentes infecciosos.


Tecido Epitelial de Revestimento Pluriestratificado Pavimentoso Queratinizado. Microscopia óptica. (E) Epiderme, (D) Derme, (SC) Células queratinizadas e cera.
Considerando o corpo inteiro, a pele de uma pessoa chega a pesar 5 Kg e tem uma área total de 18 m2. É, portanto o maior órgão do nosso corpo.
A histologia da pele
Nos mamíferos, a pele é órgão composto por duas camadas: epiderme e derme.
A epiderme é um tecido epitelial pluriestratificado. É formada por estratos (ou camadas), dos quais destacam-se o estrato basal (também chamado de estrato germinativo), que fica apoiado na derme e é formado por células de aspecto cúbico. Nessa camada é intensa a atividade de divisão celular mitótica, que repõe constantemente as células perdidas no desgaste diário a que a superfície desse tecido está sujeito. À medida que novas células são formadas, elas vão sendo “empurradas” para formar as demais células, até ficarem expostas na superfície da pele.
A derme é uma camada formada por tecido conjuntivo do tipo denso, cujas fibras ficam orientadas em diversas direções. Vários tipos de células são encontrados, destacando-se os fibroblastos e os macrófagos. Nervos, terminações nervosas, diferentes tipos de corpúsculos sensoriais e uma ampla rede de capilares sangüíneos cruzam a derme em várias direções. Ela é um importante tecido de manutenção e de apoio. Os nutrientes existentes no sangue difundem-se para as células epidérmicas.
Nos mamíferos, a derme é atravessada por finas faixas de células musculares, os músculos eretores dos pêlos, cuja contração é involuntária e permite aumentar a camada de ar retirada entre os pêlos, que contribui para o isolamento térmico. Mecanismo semelhante ocorre nas aves, com as penas.
Abaixo da derme, há uma camada de tecido conjuntivo frouxo, o tecido celular subcutâneo (também conhecido como tela subcutânea e hipoderme), que não faz parte da pele, mas estabelece a sua ligação com as estruturas adjacentes, permitindo o seu deslizamento. Em determinadas regiões do corpo, a hipoderme contém um número variável de camadas de células adiposas, formando o panículo adiposo (o popular “toucinho de porco”), importante como reserva de energia, isolante térmico e facilitador da flutuação na água.
Sensores da pele
Diversos tipos de estruturas sensoriais conferem à pele a função de relacionamento com o meio ambiente. Distribuído por toda a pele, são basicamente dendritos de neurônios sensoriais (terminações nervosas livres), sendo que alguns são envoltos por uma cápsula de células conjuntivas ou epiteliais e, por isso, esses receptores são capsulados.


Anexos da Pele
Três estruturas da pele, derivadas da epiderme, são extremamente importantes na adaptação dos mamíferos ao meio terrestre: pêlos, que auxiliam no isolamento térmico; glândulas sudoríparas, que desempenham o papel importante na regulação da temperatura corpórea; e glândulas sebáceas, que lubrificam a pele e estruturas anexas.


A pele é um tipo de tecido epitelial chamado epitélio de revestimento. Os tecidos epiteliais de revestimento são também encontrados revestindo as cavidades corporais internas dos animais.
Epitélio de revestimento intestinal
O tecido que reveste internamente o intestino delgado é um bom exemplo de epitélio especializado em absorver nutrientes e permitir que eles passem da cavidade intestinal para o sangue. A alta capacidade de absorção do epitélio intestinal se deve ao fato de suas células possuírem, na membrana a borda livre (isto é, a borda voltada para a cavidade intestinal), muitas projeções finas e alongadas, que lembrem dedos de uma luva, chamadas microvilosidades.



Cálculos da área de membrana que constitui as microvilosidades mostram que elas aumentam quinhentas vezes a área superficial de cada célula, em comparação com a área de células que têm a borda lisa. O mesmo tipo de cálculo nos leva a concluir que o intestino delgado humano apresenta uma superfície de absorção de mais de 300 m2, equivalente à área de uma quadra de esportes de 20 m de comprimento por 15 m de lado.

A renovação das células epiteliais
A mitose é um processo freqüente nas células epiteliais, as quais têm vida curta e precisam ser constantemente renovadas. A velocidade dessa renovação varia de epitélio para epitélio. As células que se renovam mais rapidamente são do epitélio intestinal: num prazo de 2 a 5 dias são substituídas por células novas. As que se renovam mais lentamente são as células do pâncreas que demoram 50 dias para serem substituídas.

Na pele, a renovação da epiderme ocorre em média a cada 30 dias. No couro cabeludo, pode ocorrer uma disfunção em que a descamação de parte da epiderme acontece a cada 3 ou 4 dias, formando as caspas.
Especialização das células epiteliais 
As células dos tecidos epiteliais mantêm-se aderidas umas às outras por meio de estruturas especializadas, genericamente chamadas junções celulares.

Desmossomos
Uma das mais importantes junções celulares é o desmossomo (do grego desmos, ligação, e somatos, corpo). Um desmossomo pode ser comparado a um botão de pressão constituído por duas metades que se encaixam, estando uma metade localizada na membrana de uma das células e a outra na célula vizinha.

Em cada célula existe uma placa circular de proteína, situada bem junto à membrana. Das placas partem substâncias colantes, chamadas desmogleínas, que atravessam as membranas e grudam as células na região de contato. As placas também estão ligadas a um grande número de filamentos constituídos da proteína queratina.



Microscopia eletrônica da célula mostrando a placa circular
Zona de oclusão
Outro tipo de junção celular presente em muitos epitélios é a zona de oclusão, uma espécie de cinturão adesivo situado junto a borda livre das células epiteliais. A zona de oclusão mantém as células vizinhas tão encostadas que impede a passagem de moléculas entre elas. Assim, substâncias eventualmente presentes em uma cavidade revestida por tecido epitelial não podem penetrar no corpo, a não ser atravessando diretamente as células.


Lâmina basal e hemidesmossomos
Sob um tecido epitelial há sempre uma espécie de tapete de moléculas de proteínas ao qual as células se ligam: a lâmina basal. As bases das células epiteliais ficam aderidas a lâmina basal por meio de estruturas celulares especiais, denominadas hemidesmossomos. Estes lembram desmossomos, mas possuem estrutura e função diferentes, conectando as bases das células epiteliais à lamina basal, em vez de ligarem as membranas de células vizinhas, como fazem os desmossomos.

Junções gap ou comunicantes
Conhecidas também por nexos, junção em hiato ou gap junction, são partículas cilíndricas que fazem com que as células entrem em contato umas com as outras, para que funcionem de modo coordenado e harmônico. Esses canais permitem o movimento de moléculas e íons, diretamente do citosol de uma célula para outra.


  
Interdigitações: aumento da superfície de contato
É comum observar-se a ocorrência de pregueamento entre as membranas plasmáticas de duas células adjacentes. Esses pregueamentos, conhecidos como interdigitações (à maneira dos dedos das mão colocadas uns entre os outros), ampliam a superfície de contato entre as células e facilitam a passagem de substâncias de uma para a outra.
 

A transformação dos epitélios
Assim como outros tecidos, os epitélios podem sofrer metaplasia, que é a substituição patológica de um tipo de tecido por outro. No caso de fumantes crônicos, por exemplo, o epitélio pseudo-estratificado ciliado da traquéia e dos brônquios pode se transformar em pavimentoso pela ação irritante nos elementos presentes na composição do cigarro. Essa transformação altera a função desses órgãos, trazendo prejuízos à saúde.


Tecido conjuntivo

Os tecidos conjuntivos tem origem mesodérmica. Caracterizam-se morfologicamente por apresentarem diversos tipos de células imersas em grande quantidade de material extracelular, substância amorfa ou matriz, que é sintetizado pelas próprias células do tecido.
A matriz é uma massa amorfa, de aspecto gelatinoso e transparente. É constituída principalmente por água e glicoproteínas e uma parte fibrosa, de natureza protéica, as fibras do conjuntivo.
As células conjuntivas são de diversos tipos. As principais são:
Célula

Função


Fibroblasto
Célula metabolicamente ativa, contendo longos e finos prolongamentos citoplasmáticos. Sintetiza o colágeno e as substãncias da matriz (substância intercelular).


Macrófago
Célula ovóide, podendo conter longos prolongamentos citoplasmáticos e inúmeros lisossomos. Responsável pela fagocitose e pinocitose de pertículas estranhas ou não ao organismo. Remove restos celulares e promove o primeiro combate aos microrganismos invasores do nosso organismo. Ativo no processo de involução fisiológica de alguns órgãos ou estrutura. É o caso do útero que, após o parto, sofre uma redução de volume.


Mastócito
Célula globosa, grande, sem prolongamentos e repleta de grânulos que dificultam, pela sua quantidade, a visualização do núcleo. Os grânulos são constituídos de heparina (substãncia anticoagulante) e histamina (substãncia envolvida nos processos de alergia). Esta última substãncia é liberada em ocasiões de penetração de certos antígenos no organismo e seu contato com os mastócitos, desencadeando a conseqüênte reação alérgica.


Plasmócito
Célula ovóide, rica em retículo endoplasmático rugoso (ou granular). Pouco numeroso no conjunto normal, mas abundante em locais sujeitos à penetração de bactérias, como intestino, pele e locais em que existem infecções crônicas. Produtor de todos os anticorpos no combate a microorganismos. É originado no tecido conjuntivo a partir da diferenciação de células conhecidas como linfócitos B.

Os diferentes tipos de tecido conjuntivo estão amplamente distribuídos pelo corpo, podendo desempenhar funções de preenchimento de espaços entre órgãos, função de sustentação, função de defesa e função de nutrição.
A classificação desses tecidos baseia-se na composição de suas células e na proporção relativa entre os elementos da matriz extracelular. Os principais tipos de tecidos conjuntivos são: frouxo, denso, adiposo, reticular ou hematopoiético, cartilaginoso e ósseo.

Tecido conjuntivo frouxo
O tecido conjuntivo frouxo preenche espaços não-ocupados por outros tecidos, apóia e nutre células epiteliais, envolve nervos, músculos e vasos sanguíneos linfáticos. Além disso, faz parte da estrutura de muitos órgãos e desempenha importante papel em processos de cicatrização.



É o tecido de maior distribuição no corpo humano. Sua substância fundamental é viscosa e muito hidratada. Essa viscosidade representa, de certa forma, uma barreira contra a penetração de elementos estranhos no tecido. É constituído por três componentes principais: células de vários tipos, três tipos de fibras e matriz.

Tipos de fibras
As fibras presentes no tecido conjuntivo frouxo são de três tipos: colágenas, elásticas e reticulares.

As fibras colágenas são constituídas de colágeno, talvez a proteína mais abundante no reino animal. São grossas e resistentes, distendendo-se pouco quando tensionadas. As fibras colágenas presentes na derme conferem resistência a nossa pele, evitando que ela se rasgue, quando esticada.


As fibras elásticas são longos fios de uma proteína chamada elastina. Elas conferem elasticidade ao tecido conjuntivo frouxo, completando a resistência das fibras colágenas. Quando você puxa e solta à pele da parte de cima da mão, são as fibras elásticas que rapidamente devolvem à pele sua forma original. A perda da elasticidade da pele, que ocorre com o envelhecimento, deve-se ao fato de as fibras colágenas irem, com a idade, se unindo umas às outras, tornando o tecido conjuntivo mais rígido.


As fibras reticulares são ramificadas e formam um trançado firme que liga o tecido conjuntivo aos tecidos vizinhos.


Tipos de células
O tecido conjuntivo frouxo contém dois principais de células: fibroblastos e macrófagos.
Os fibroblastos têm forma estrelada núcleo grande. São eles que fabricam e secretam as proteínas que constituem as fibras e a substância amorfa.
Os macrófagos são grandes e amebóides, deslocando-se continuamente entre as fibras à procura de bactérias e restos de células. Sua função é limpar o tecido, fagocitando agentes infecciosos que penetram no corpo e, também, restos de células mortas. Os macrófagos, alem disso identificam substâncias potencialmente perigosas ao organismo, alertando o sistema de defesa do corpo.



Outros tipos celulares presentes no tecido conjuntivo frouxo são as células mesenquimatosas e osplasmócitos. As células mesenquimatosas são dotadas de alta capacidade de multiplicação e permitem a regeneração do tecido conjuntivo, pois dão origem a qualquer tipo de célula nele presente. Os plasmócitos são células especializadas em produzir os anticorpos que combatem substâncias estranhas que penetram no tecido.

Tecido conjuntivo denso
No tecido conjuntivo denso há predomínio de fibroblastos e fibras colágenas.

Dependendo do modo de organização dessas fibras, esse tecido pode ser classificado em:
  • não modelado: formado por fibras colágenas entrelaçadas, dispostas em feixes que não apresentam orientação fixa, o que confere resistência e elasticidade. Esse tecido forma as cápsulas envoltórias de diversos órgãos internos, e forma também um a derme, tecido conjuntivo da pele;

  • modelado: formado por fibras colágenas dispostas em feixes com orientação fixa, dando ao tecido características de maior resistência à tensão do que a dos tecidos não-modelados e frouxo; ocorre nos tendões, que ligam os músculos aos ossos, e nos ligamentos, que ligam os ossos entre si.

Tecido conjuntivo adiposo
Nesse tecido a substância intracelular é reduzida, e as células, ricas em lipídios, são denominadas células adiposas. Ocorre principalmente sob a pele, exercendo funções de reserva de energia, proteção contra choques mecânicos e isolamento térmico. Ocorre também ao redor de alguns órgãos como os rins e o coração.



As células adiposas possuem um grande vacúolo central de gordura, que aumenta ou diminui, dependendo do metabolismo: se uma pessoa come pouco ou gasta muita energia, a gordura das células adiposas diminui; caso contrário, ela se acumula. O tecido adiposo atua como reserva de energia para momentos de necessidade.


Tecido conjuntivo cartilaginoso
O tecido cartilaginoso, ou simplesmente cartilagem, apresentam consistência firme, mas não é rígido como o tecido ósseo. Tem função de sustentação, reveste superfícies articulares facilitando os movimentos e é fundamental para o crescimento dos ossos longos.
Nas cartilagens não há nervos nem vasos sanguíneos. A nutrição das células desse tecido é realizada por meio dos vasos sanguíneos do tecido conjuntivo adjacente.
A cartilagem é encontrada no nariz, nos anéis da traquéia e dos brônquios, na orelha externa (pavilhão auditivo), na epiglote e em algumas partes da laringe. Além disso, existem discos cartilaginosos entre as vértebras, que amortecem o impacto dos movimentos sobre a coluna vertebral. No feto, o tecido cartilaginoso é muito abundante, pois o esqueleto é inicialmente formado por esse tecido, que depois é em grande parte substituído pelo tecido ósseo.
O tecido cartilaginoso forma o esqueleto de alguns animais vertebrados, como os cações, tubarões e raias, que são, por isso, chamados de peixes cartilaginosos.
Há dois tipos de células nas cartilagens: os condroblastos (do grego chondros, cartilagem, e blastos, “célula jovem”), que produzem as fibras colágenas e a matriz, com consistência de borracha. Após a formação da cartilagem, a atividade dos condroblastos diminui e eles sofrem uma pequena retração de volume, quando passam a ser chamados de condrócitos (do grego chondros, cartilagem, e kytos, célula). Cada condrócito fica encerrado no interior de uma lacuna ligeiramente maior do que ele, moldada durante a deposição da matriz intercelular.
As fibras presentes nesse tecido são as colágenas e as reticulares.



Legenda:
1.       Condroblasto
2.       Condrócito
3.       Grupo Isógeno
4.       Matriz Cartilaginosa
Tecido conjuntivo sanguíneo


O sangue (originado pelo tecido hemocitopoiético) é um tecido altamente especializado, formado por alguns tipos de células, que compõem a parte figurada, dispersas num meio líquido – o plasma -, que corresponde à parte amorfa. Os constituintes celulares são: glóbulos vermelhos (também denominados hemácias ou eritrócitos); glóbulos brancos (também chamados de leucócitos).
O plasma é composto principalmente de água com diversas substâncias dissolvidas, que são transportadas através dos vasos do corpo.

Todas as células do sangue são originadas na medula óssea vermelha a partir das células indiferenciadas pluripotentes (células-tronco). Como consequência do processo de diferenciação celular, as células-filhas indiferenciadas assumem formas e funções especializadas.

Plaquetas
Plaquetas são restos celulares originados da fragmentação de células gigantes da medula óssea, conhecidas como megacariócitos. Possuem substâncias ativas no processo de coagulação sanguínea, sendo, por isso, também conhecidas como trombócitos (do grego, thrombos = coágulo), que impedem a ocorrência de hemorragias.

Glóbulos vermelhos
Glóbulos vermelhos, hemácias ou eritrócitos (do grego, eruthrós = vermelho, e kútos = célula) são anucleados, possuem aspecto de disco bicôncavo e diâmetro de cerca de 7,2 m m. São ricos em hemoglobina, a proteína responsável pelo transporte de oxigênio, a importante função desempenhada pelas hemácias.

Glóbulos brancos
Glóbulos brancos, também chamados de leucócitos (do grego, leukós = branco), são células sanguíneas envolvidas com a defesa do organismo.
Essa atividade pode ser exercida por fagocitose ou por meio da produção de proteínas de defesa, os anticorpos.
Costuma-se classificar os glóbulos brancos de acordo com a presença ou ausência, em seu citoplasma, de grânulos específicos, e agranulócitos, os que não contêm granulações específicas, comuns a qualquer célula.
Glóbulos Brancos

Características

Função
G
R
A
N
U
L
Ó
C
I
T
O
S

Célula com diâmetro entre 10 e 14 mm; nucleo pouco volumoso, contendo 2 a 5 lóbulos, ligados por pontes cromatínicas. Cerca de 55% a 65% dos glóbulos brancos.

Atuam ativamente na fagocitose de microorganismos invasores, a partir da emissão de pseudópodes. Constituem e primeira linha de defesa do sangue.

Célula com diâmetro entre 10 e 14 mm, núcleo contendo dois lóbulos. Cerca de 2% a 3% do total de leucócitos.

Células fagocitárias. Atuação em doênças alérgicas. Abundantes na defesa contra diversos parasitas.
A
G
R
A
N
U
L
Ó
C
I
T
O
S

Célula com diâmetro que varia entre 10 e 14 mm. Núcleo volumoso com forma de S. Cerca de 0,5 % do total dos glóbulos brancos.

Acredita-se que atuem em processos alérgicos, a exemplo dos mastócitos.

Célula com diâmetro que varia entre 8 a 10 mm. Dois tipos básicos: B e T. Núcleo esférico. Cerca de 25% a 35% do total de leucócitos.


Responsáveis pela defesa imunitária do organismo. Linfócitos B diferenciam-se em plasmócitos, as células produtoras de anticorpos.
Linfócitos T amadurecem no timo, uma glândula localizada no tórax.

Célula com diâmetro entre 15 e 20 mm. Núcleo em forma de ferradura. Cerca de 10 % do total dos glóbulos brancos.

Acredita-se que atravessem as paredes dos capilares sanguíneos e, nos tecidos, diferenciam-se em macrófagos ou osteoclastos, células especializadas em fagocitose.

Tecido conjuntivo ósseo

O tecido ósseo tem a função de sustentação e ocorre nos ossos do esqueleto dos vertebrados. É um tecido rígido graças à presença de matriz rica em sais de cálcio, fósforo e magnésio. Além desses elementos, a matriz é rica em fibras colágenas, que fornecem certa flexibilidade ao osso.
Os ossos são órgãos ricos em vasos sanguíneos. Além do tecido ósseo, apresentam outros tipos de tecido: reticular, adiposo, nervoso e cartilaginoso.
Por serem um estrutura inervada e irrigada, os ossos apresentam sensibilidade, alto metabolismo e capacidade de regeneração.
Quando um osso é serrado, percebe-se que ele é formado por duas partes: uma sem cavidades, chamada osso compacto, e outra com muitas cavidades que se comunicam, chamada osso esponjoso.

Essa classificação é de ordem macroscópica, pois quando essas partes são observadas no microscópio nota-se que ambas são formadas pela mesma estrutura histológica. A estrutura microscópica de um osso consiste de inúmeras unidades, chamadas sistemas de Havers. Cada sistema apresenta camadas concêntricas de matriz mineralizada, depositadas ao redor de um canal central onde existem vasos sanguíneos e nervos que servem o osso.

Os canais de Havers comunicam-se entre si, com a cavidade medular e com a superfície externa do osso por meio de canais transversais ou oblíquos, chamados canais perfurantes (canais de Volkmann). O interior dos ossos é preenchido pela medula óssea, que pode ser de dois tipos: amarela, constituída por tecido adiposo, e vermelha, formadora de células do sangue.


  


Tipos de células do osso 
As células ósseas ficam localizadas em pequenas cavidades existentes nas camadas concêntricas de matriz mineralizada.
Quando jovens, elas são chamadas osteoblastos(do grego osteon, osso, e blastos, “célula jovem”) e apresentam longas projeções citoplasmáticas, que tocam os osteoblastos vizinhos. Ao secretarem a matriz intercelular ao seu redor, os osteoblastos ficam presos dentro de pequenas câmeras, das quais partem canais que contêm as projeções citoplasmáticas.
Quando a célula óssea se torna madura, transforma-se em osteócito (do grego osteon, osso, e kyton, célula), e seus prolongamentos citoplasmáticos se retraem, de forma que ela passa a ocupar apenas a lacuna central. Os canalículos onde ficavam os prolongamentos servem de comunicação entre uma lacuna e outra, e é através deles que as substâncias nutritivas e o gás oxigênio provenientes do sangue até as células ósseas.



Além dos osteoblastos e dos osteócitos, existem outras células importantes no tecido ósseo: os osteoclástos (do grego klastos, quebrar, destruir). Essas células são especialmente ativas na destruição de áreas lesadas ou envelhecidas do osso, abrindo caminho para a regeneração do tecido pelos osteoblastos. Os cientistas acreditam que os ossos estejam em contínua remodelação, pela atividade conjunta de destruição e reconstrução empreendidas, respectivamente, pelos osteoclastos e osteoblastos. Você encontrará mais informações sobre os osteoclastos no texto sobre remodelação óssea.

Tecidos musculares
Os tecidos musculares são de origem mesodérmica e relacionam-se com a locomoção e outros movimentos do corpo, como a contração dos órgãos do tubo digestório, do coração e das artérias.
As células dos tecidos musculares são alongadas e recebem o nome de fibras musculares ou miócitos. Em seu citoplasma, são ricas em dois tipos de filamento protéico: os de actina e os de miosina, responsáveis pela grande capacidade de contração e distensão dessas células. 
Quando um músculo é estimulado a se contrair, os filamentos de actina deslizam entre os filamentos de miosina. A célula diminui em tamanho, caracterizando a contração. 
Tipos de tecido muscular
Há três tipos de tecido muscular: estriado esquelético, estriado cardíaco e liso. Cada um deles tem características próprias, adequadas ao papel que desempenham no organismo.



Tecido muscular estriado esquelético
O tecido muscular estriado esquelético constitui a maior parte da musculatura do corpo dos vertebrados, formando o que se chama popularmente de carne. Essa musculatura recobre totalmente o esqueleto e está presa aos ossos, daí ser chamada de esquelética. Esse tipo de tecido apresentacontração voluntária (que depende da vontade do indivíduo).
Um músculo esquelético é um pacote de longas fibras. Cada uma delas é uma célula dotada de muitos núcleos, chamado miócitos multinucleados. Um fibra muscular pode medir vários centímetros de comprimento, por 50 mm de espessura.

A célula muscular estriada apresenta, no seu citoplasma, pacotes de finíssimas fibras contráteis, asmiofibrilas, dispostas longitudinalmente. Cada miofibrila corresponde a um conjunto de dois tipos principais de proteínas: as miosina, espessas, e as actinas, finas. Esses proteínas estão organizados de tal modo que originam bandas transversais, claras e escuras, características das células musculares estriadas, tanto as esqueléticas como as cardíacas.


Os filamentos de miosina formam bandas escuras, chamadas anisotrópicas (banda A), e os de actina, bandas claras, chamadas isotrópicas (banda I).
No centro de cada banda I aparece uma linha mais escura, chamada linha Z. O intervalo entre duas linhas Z consecutivas constitui um miômetro ou sarcômero e correspondem à unidade contrátil da célula muscular.
No centro de cada banda A existe uma faixa mais clara, chamada banda H, bem visível nas células musculares relaxadas e que vai desaparecendo à medida que a contração muscular ocorre.

Na contração muscular, os miofilamentos não diminuem de tamanho, mas os sarcômeros ficam mais curtos e toda a célula muscular se contrai.
O encurtamento dos sarcômeros ocorre em função do deslizamento dos miofilamentos finos sobre os grosso, havendo maior sobreposição entre eles: a banda I diminui de tamanho, pois os filamentos de actina deslizam sobre os de miosina, penetram na banda A e reduzem a largura da banda H.
A membrana plasmática da célula muscular estriada esquelética costuma ser chamada sarcolema (do grego, sarcos, carne).
Hormônios.

Hormônios

Substância produzida pelos animais e vegetais para regular processos corporais, tais como o crescimento, o metabolismo, a reprodução e o funcionamento dos diversos órgãos, nos animais, os hormônios são segregados pelas glândulas endócrinas diretamente no sangue
Há um equilíbrio dinâmico entre os diferentes hormônios, que produzem seus efeitos em concentrações muito pequenas. Sua distribuição pela corrente sanguínea é mais lenta do que uma reação nervosa, mas mantém-se por um período mais prolongado. Os órgãos principais envolvidos na produção de hormônios são o hipotálamo, a hipófise, a tireóide, a glândula supra-renal, o pâncreas, a paratireóide, as gônadas, a placenta (ver Aparelho reprodutor) e, em certos casos, a mucosa do intestino delgado.
            
A hipófise segrega, entre outros, a prolactina, o hormônio estimulante dos melanócitos e a oxicitocina. O hormônio produzido pela tireóide estimula o metabolismo geral e o secretado pela paratireóide controla a concentração de cálcio e fósforo no sangue. O pâncreas segrega pelo menos dois hormônios, a insulina e o glucagon, que regulam o metabolismo dos carboidratos. As glândulas supra-renais contêm hormônios que controlam a concentração de sais e de água nos líquidos corporais e outros que afetam os caracteres sexuais secundários. Produzem ainda adrenalina. As gônadas secretam hormônios que controlam o desenvolvimento sexual e os diversos processos implicados na reprodução (ver Androgênio, Testosterona; Estrogênio; Progesterona; Gonadotrofina). A membrana mucosa do intestino delgado produz um grupo especial de hormônios em uma fase da digestão.
A deficiência ou excesso de qualquer hormônio altera o equilíbrio químico, essencial à saúde, ao crescimento normal e, em casos extremos, à vida. Ver Doença de Addison, Cretinismo, Diabetes melito, Gigantismo, Bócio, Mixedema.
1. INTRODUÇÃO
Hipófise, glândula endócrina principal dos vertebrados. Os hormônios que segrega controlam o funcionamento de quase todas as demais glândulas endócrinas do organismo. Ver Sistema endócrino; Hormônios.
Conta com dois lóbulos — o anterior ou adeno-hipófise e o posterior ou neuro-hipófise — com estruturas e funções diferentes. A área situada entre os dois chama-se lóbulo intermediário, que é desenvolvida apenas nos seres humanos.
2. LÓBULO ANTERIOR
Contém grandes quantidades de hormônios que controlam de dez a doze funções do corpo. O hormônio do crescimento (GH) é essencial para o desenvolvimento do esqueleto. O hormônio estimulante da tireóide (TSH) controla o funcionamento normal desta glâdula e o hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) controla a atividade do córtex supra-renal. A prolactina inicia a secreção mamária durante a lactação. O folículo-estimulante (FSH) induz a formação do folículo de De Graaf na mulher e o desenvolvimento dos espermatozóides no homem, e o hormônio luteinizante (LH) induz a lactação e a produção de testosterona.
3. LÓBULO INTERMEDIÁRIO
Nos vertebrados inferiores, segrega o hormônio estimulante dos melanócitos, causando mudanças na cor da pele.
4. LÓBULO POSTERIOR
No lóbulo posterior, segregam-se dois hormônios: o hormônio antidiurético (ADH) ou vasopressina, que controla a quantidade de urina excretada, e a oxitocina, que provoca a contração das fibras do músculo liso do útero, intestinos e arteríolas.
5. DISTÚRBIOS HIPOFISÁRIOS
O funcionamento da hipófise é alterado por fatores diversos, como tumores, coágulos de sangue e infecções. O nanismo é provocado por uma redução na secreção do lóbulo anterior da hipófise.
A superprodução de somatotropina causa a acromegalia. As deficiências do lóbulo posterior ocasionam a diabetes insípida.
A hipófise, chamada a maestra das glândulas endócrinas, segrega hormônios que controlam a atividade de outras glândulas endócrinas e regulam vários processos biológicos. Suas secreções incluem o hormônio do crescimento (que estimula a atividade celular nos ossos, cartilagem e outros tecidos estruturais); o hormônio estimulante da tireóide (que faz com que a tireóide libere hormônios reguladores do metabolismo); o hormônio antidiurético (que induz o rim a excretar menos água na urina); os hormônios estimulantes das gônadas e a prolactina (que estimula a produção do leite e o desenvolvimento das mamas nas fêmeas). A hipófise é regulada, tanto de forma neuronal como hormonal, pelo hipotálamo, situado no cérebro.
Cretinismo, doença provocada pela ausência congênita de tiroxina, hormônio secretado pela glândula tireóide. Caracteriza-se pelo retardo físico e mental, estatura baixa, extremidades deformadas, feições grosseiras e pêlo escasso e áspero. Muitos países fazem, como rotina, o diagnóstico precoce em todos os recém-nascidos. O cretinismo endêmico ocorre em áreas onde existe um déficit de sal iodado na água. O iodo é um componente essencial para a síntese de tiroxina.
Tireóide, glândula endócrina encontrada em quase todos os vertebrados e localizada na parte anterior e em cada lado da traquéia (ver Sistema endócrino). Segrega um hormônio que controla o metabolismo e o crescimento. Acumula cerca de 25% do total de iodo do organismo.
A glândula tireóide humana é um órgão de cor entre castanho e vermelho claro, com dois lóbulos ligados por um istmo. Os dois hormônios tireoidianos são tiroxina e triiodotironina.
Glândula supra-renal, órgão vital situado sobre a extremidade superior de cada rim nos seres humanos. As duas partes da glândula — a porção interna ou medula e a externa ou córtex — são órgãos endócrinos independentes.
A medula secreta o hormônio adrenalina e o córtex segrega a hidrocortisona e a corticosterona, que regulam o metabolismo das proteínas, carboidratos e gorduras.
Pâncreas, glândula sólida localizada transversalmente sobre a parede posterior do abdome. Produz uma secreção exócrina e uma endócrina. A primeira é composta por um conjunto de enzimas, liberadas no intestino para ajudar a digestão, a segunda é a insulina. Quando esta não é produzida em quantidades suficientes, dá origem a uma diabetes.
Androgênio, termo que engloba os hormônios sexuais masculinos, substâncias que induzem e mantêm as características sexuais secundárias nos homens. Os principais androgênios são a testosterona e a androsterona. Encontrados nos testículos e nas glândulas supra-renais, aonde são produzidos, circulam no sangue e são excretados na urina. Com a produção iniciada na puberdade, a função principal dos androgênios é tanto a estimulação das características sexuais secundárias, como o desenvolvimento dos órgãos genitais (Ver Aparelho reprodutor), o amadurecimento do esperma, o crescimento dos pelos corporais e as mudanças na laringe que tornam a voz mais grave. Durante o desenvolvimento masculino, intervêm no aumento da massa muscular e de tecido ósseo. Para os hormônios sexuais femininos relacionados.
Testosterona, principal hormônio masculino ou androgênio; é produzido nos testículos por influência do hormônio luteinizante segregado pela hipófise.
A testosterona estimula a formação de espermatozóides e o surgimento dos caracteres sexuais secundários masculinos depois da puberdade.
Estrogênio, grupo de hormônios esteróides envolvidos no desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários da mulher, na regulação do ciclo menstrual e da ovulação e na gravidez. Também recebe o nome de estrógeno.
Nas mulheres, são sintetizados nos ovários, na placenta (durante a gestação) e na glândula supra-renal. Na puberdade, o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários femininos deve-se, em parte, à ausência de testosterona, mas também é causado pela produção de pequenas quantidades de estrógenos.
Durante o ciclo menstrual, a variação dos níveis de estrógenos influi no desenvolvimento, a cada mês, do óvulo no ovário, no controle da ovulação e na proliferação do revestimento uterino (endométrio), que precede ao sangramento mensal (veja Menstruação). O estrógeno controla ainda a quantidade de muco segregada pelas glândulas cervicais que existem no colo do útero ou cérvix. Durante a gravidez, o estrógeno é responsável pelo crescimento do útero e do trato genital inferior e pelo desenvolvimento do sistema de ductos (que produzem o leite) nas mamas.
CONTRACEPTIVOS ORAIS
Há dois tipos principais de contraceptivos orais, que alteram o equilíbrio dos hormônios que agem sobre o aparelho reprodutor humano: a pílula combinada, que contém estrógenos e progesterona, evita a ovulação, e a pílula que contém apenas progesterona, que altera o muco vaginal e o endométrio, com o objetivo de impedir a fecundação ou a implantação (veja Controle da natalidade).
Progesterona, hormônio produzido pelas células do corpo lúteo do ovário. Sua função principal é a preparação da membrana mucosa do útero para a recepção do óvulo. Estimula ainda a produção de leite durante o aleitamento.
Gonadotrofina, um dos hormônios envolvidos no funcionamento do aparelho reprodutor. A hipófise segrega o hormônio estimulante do folículo e o hormônio luteinizante. A gonadotrofina coriônica é produzida pela placenta e mantém as condições adequadas para que o feto se desenvolva dentro do útero.
Veja mais:
1.Os hormônios são substâncias químicas produzidas por glândulas endócrinas ou mistas (exócrinas e endócrinas) que são lançadas na corrente sanguínea e vão atuar em determinadas células, as células alvo.
2.São glândulas do sistema endócrino: a hipófise, a tireóide, a paratireóide, as supra-rernais ou adrenais, o pâncreas, os testículos e os ovários.
3.Feed-back ou retroalimentação são atuações dos hormônios sobre células alvo, produtoras de hormônios, que, dependendo do incentivo para a liberação de seus hormônios, passam a controlar o local de origem dos estímulos.
4.A Hipófise, localiza-se na base do crânio, em uma depressão do osso esfenóide, denominada sela túrsica. Apresenta duas regiões distintas: a adeno-hipófise e a neuro-hipófise. A adeno-hipófise é a parte secretora da hipófise e a neuro-hipófise a parte nervosa.
5.Os principais hormônios produzidos na adeno-hipófise são: S.T.H. - Hormônio do crescimento ou somatrotófico – é o hormônio que promove o crescimento dos ossos, músculos e cartilagens. Prolactina - estimula a produção do leite. Hormônio tireotrófico (TSH) - estimula a hipófise a produzir seus hormônios (T3 e T4). Hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) - estimula o córtex das adrenais a produzir seus hormônios. Hormônio gonadotróficos- vão estimular as gônadas (testículos e ovários) a liberar FSH- h. folículo estimulante, LH- h. luteinizante e o ICSH- h. estimulador das células intersticiais dos testículos. Hormônios melanotrófico (MSH) - estimula a produção de melanina.
6.A neuro-hipófise não produz hormônios, entretanto, acumula e libera dois hormônios produzidos no hipotálamo: Ocitocina- estimular a musculatura lisa responsável pelas contrações do parto e a ejeção do leite pelas glândulas mamárias. Hormônio antidiurético (ADH)- promovendo a reabsorção da água nos túbulos dos néfrons e provocando a diabetes insípidus.
7.A glândula tireóide, localiza-se na frente da traquéia e atua na produção dos seguintes hormônios: T3 ou triiodotironina e T4 , tetraiodotironina ou tiroxina. A falta de iodo na alimentação ou estímulo do hormônio tireotrófico (TSH) da hipófise induzem uma redução na produção do T3 e T4, denominando de hipotireoidismo. Quando existe uma super produção de T3 e T4, através do estímulo da tireóide, denominamos de hipertireoidismo. Em ambos os casos ocorre a formação de bócio (aumento da tireóide). Outro hormônio produzido pela tireóide é a calcitonina. Este hormônio tem como função promover a passagem de cálcio do sangue para o osso.
8.As paratireóides são 4 pequenas glândulas localizadas atrás da tireóide. Produzem os paratormônios que tem como função estimular a passagem do cálcio para o sangue. As fontes de cálcio são: alimentação, néfrons e ossos.
9.A calcitonina e os paratormônios realizam atividades antagônicas em relação ao cálcio. Podem promover a hipercalcemia, com tendência a calculose (formação de cálculos renais) e a osteoporose e podem provocar a hipocalcemia com uma super mineralização óssea.
10.As adrenais ou supra-renais são glândulas localizadas acima dos rins. No seu córtex produzem a aldosterona que atua na reabsorção de sais de sódio e cloro; glicocorticóides que produzem glicose a partir de aminoácidos e lipideos e androgênicos que são hormônios sexuais masculinos. Na medula, é produzido a adrenalina e a noradrenalina que produz vários efeitos no nosso corpo, como: taquicardia, vasoconstricção, aumento do tônus muscular, etc.
11.O pâncreas é uma glândula mista ou anfícrina, produzindo o suco pancreático e hormônios. A produção dos hormônios está diretamente ligado às células alfa e beta que formam as ilhotas de Langerhans. A insulina é um hormônio produzido pelas células beta e são responsáveis pela passagem de glicose para as células do arganismo e a formação do glicogênio no fígado e nos músculos. O glucagon, é um hormônio que atua de forma antagônica à insulina, permitindo a transformação do glicogênio em glicose para ser liberada no sangue. Ambos hormônios são liberados no sangue quando os níveis de glicose varia.
12.As gônadas são glândulas mistas ou anfícrinas e são representadas pelos testículos e ovários. Nos testículos, nas células intersticiais ou células de Leydig, são produzidos a testosterona que é um hormônio masculinizante que confere as características sexuais masculinas. Nos ovários, são produzidos o estrogênio e a progesterona. O estrogênio promove o desenvolvimento das características sexuai0s femininas e a progesterona atua, principalmente, no útero preparando-o para a gravidez.
O Timo é responsável pela diferenciação dos linfócitos T e produz hormonios que estimulam outros órgãos linfáticos.
Células precursoras migram da medula óssea , através do asngue, e vão para o Timo, onde se proliferam e diferenciam-se, onde então ganham a circulação sanguínea, e vão se estabelecer em certas áreas de outros órgãos linfóides, denominados secundários ou periféricos, sendo essas áreas chamadas de timo-dependentes.
Os linfócitos T são responsáveis pelas reações imunológicas de base celular. Eles constituem um pool, que compreende os linfócitos do sangue e da linfa e os que fazem parte das áreas timo-dependentes.
O timo controla a produção desses linfócitos que são eliminados de forma programada (apoptose), pois seu excesso no sangue pode causar sérios danos, reconhecendo as próprias células do organismo como antígenos (corpos estranhos), visto a sua função de defesa. Este excesso é denominado por leucocitose , e seria derivado de uma hiperfunção do timo, o quadro inverso, isto é, uma baixa quantidade de linfócitos na circulação é conhecida como leucopenia, devido a hipofunção do timo , o que pode gerar quadros de doenças muito sérias, visto que o sistema de defesa está prejudicado.
O timo está sujeito a influência de vários hormônios. Por exemplo, a injeção de certos esteróides da adrenal, causa a diminuição das mitoses, queda do nº de linfócitos, em consequencia uma atrofia acentuada da cortical. O ACTH, da parte anterior da hipófise, tem efeito semelhante, pois estimula a secreção dos esteróides da adrenal.
A hipertrofia esta relacionada a hiperfunção e a hipotrofia com a hipofunção.







          

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